DESEMPREGO NO AUGE DA PANDEMIA
Durante o auge da pandemia, um número próximo de 9 milhões de pessoas perderam emprego no País, segundo o IBGE. Isto porque o Brasil conta hoje com somente 83,3 milhões de pessoas ocupadas, o que é a sua força de trabalho empregada. É o menor nível de ocupação desde quando se tem sido divulgadas referidas estatísticas. Dos citados 9 milhões, muitos ficaram desalentados, tornaram-se informais ou pessoas vulneráveis. Apareceram muitas pessoas desconhecidas nas estatísticas, chamadas de invisíveis, para receber o auxílio emergencial, já no quinto mês de atendimento. Em outras palavras, quase 9 milhões de cidadãos perderam seus empregos durante o auge da pandemia do covid-19 no Brasil, no segundo trimestre, em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Tanto a quantidade de pessoas ocupadas quanto o tamanho da população economicamente ativa recuando, são dois recordes negativos.
Por seu turno, a taxa de desemprego aberto subiu para 13,3% no segundo trimestre deste ano, conforme o IBGE. A estatística representa um aumento de 1,1% na taxa de desemprego de pessoas com carteira assinada, em relação ao primeiro trimestre de 2020, bem como de 1,3% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Trata-se da maior taxa de desemprego da espécie desde o primeiro trimestre de 2017, quando a taxa ficou também em 13,3%. Aquele foi o primeiro trimestre, depois da forte recessão de 2014 a 2016, quando o País estava muito fragilizado por um maior período de crise.
O IBGE afirmou que, procurando emprego estavam 12,8 milhões de pessoas, que compõem a chamada taxa da população desocupada, em comparação com o primeiro trimestre de 2020 e do primeiro trimestre de 2019.
Há dois dias o Banco Central reduziu a taxa básica de juros a níveis nunca vistos e esperados, de 2,25% para 2%, cujo propósito principal é reanimar a economia, ao tempo em que o número de mortos pelo novo coronavírus se aproxima de 100 mil pessoas no País. A produção industrial caiu 10,9% no primeiro semestre do ano, em relação com o primeiro semestre de 2019, apesar de uma recuperação forte em junho de 8,9%. Por sua vez, o levantamento semanal Focus, com cerca de 100 analistas financeiros, prevêem que o PIB recuará neste ano 5,66%, enquanto a previsão de um mês era de 6,5%, para 2020. Nunca se viram números de retração tão altos nas históris das estatísticas oficiais do IBGE.
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