25/08/2019 - RESISTÊNCIAS DO PIB POTENCIAL
Conforme Marcos Lisboa, que foi Secretário de Política
Econômica do governo de Lula, o PIB potencial do País é de 1%. É um nível muito
baixo, próximo da estagnação. Foi negativo no período de 2014 a 2016. Em meados
de 2016, Michel Temer iniciou uma gestão que tirou o Brasil da recessão.
Começou com a lei do teto dos gastos, passando por redução de subsídios, a lei
da melhor governança das empresas estatais, a devolução de dinheiro do BNDES,
que reduziu pressões sobre a dívida pública, além das punições sobre a
corrupção e redução da taxa básica de juros para níveis civilizados.
Entretanto, a operação Lava Jato já tem mais de cinco anos e as empreiteiras
punidas não voltaram às obras púbicas. O recuo da construção civil desencadeou
um processo de desemprego, mais do que dobrando de cerca de 6% para mais de 12%
da população economicamente ativa.
No governo de Bolsonaro se esperava que a economia tomasse
nova dinâmica, mediante a reforma da Previdência e o Acordo Comercial da União
Europeia com o Mercosul. Porém, tais medidas são de longo prazo. Por seu turno,
a lei de liberdade econômica é bastante tímida para melhorar o ambiente geral
dos negócios. Acresça-se a melhoria nos financiamentos imobiliários e a
liberação do FGTS e do PIS/PASEP.
O que mais tem dificuldades para os empresários tirarem
projetos de suas gavetas é a reforma tributária. Terminando o ano, há um
projeto na Câmara de Deputados, outro no Senado, outro no governo federal. Por
outro lado, ensaia-se na União a recriação da CPMF. Deveria a Secretaria da
Receita Federal se adiantar com a simplificação do processo tributário.
Enquanto isso, a economia reage muito pouco.
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