18/08/2019 - PROPOSTAS PARA ELEVAR O INVESTIMENTO




A praticamente estagnação da economia, visto que poderá crescer abaixo de 1% neste ano, conforme mais de 100 analistas financeiros consultados semanalmente pelo Banco Central, sendo a mediana deles de 0,8% de incremento do PIB, tem-se colocado propostas de atuação proativa do governo. Ou seja, naquela taxa de 15% sobre o PIB, o governo federal deveria colocar 0,5% de inversões em infraestrutura. Esta é a proposta de Samuel Pessoa, pesquisador da FGV e citado hoje na Folha de São Paulo. Ele foi criticado por ortodoxos, que acreditam que isso irá agravaria a situação fiscal. Ele assim se referiu: “Eu entendo os questionamentos que recebi porque nunca havia defendido isso, mas a sociedade está cansando. A gente está falando da recuperação mais lenta dos últimos 120 anos. Não é um fenômeno corriqueiro”.

A grande taxa de desemprego do País está colocando trabalhadores desatualizados e depreciados pelo longo tempo em que não estão trabalhando. Cerca de mais um quinto dos trabalhadores formais procuram emprego há mais de dois anos. Esse processo é desgastante e se chama de histerese. A palavra vem da física, que significa que uma mola de tanto esticada não voltaria à posição original. Em economia o termo vem sendo usado pelo grande desgaste que ocorre com o capital humano, colocando-o em baixa produtividade.

O argumento do autor da proposta é de que o investimento público empregaria mão de obra e atrairia investimento privado, numa posição keynesiana. Por seu turno, os juros básicos da economia têm caído aos níveis mais baixos já registrados, fator de atração de inversões. Ademais, a reforma da Previdência está praticamente assegurada e a reforma tributária encaminhada.

Os liberais da equipe econômica, em princípio, são contra, porque agravaria o quadro fiscal. Para eles, a saída são as concessões, leilões de privatizações e leilões das jazidas petrolíferas na camada do pré-sal.

Contrariamente, aqueles que estão fora do governo, a oposição, defendem mais estatização e programas sociais. Mais do mesmo que aconteceu de 2003 a 2014, quando a economia cresceu bem, depois foi minguando, entrou em forte recessão e hoje se encontra apática, sendo um desafio de mais de três anos para voltar a fazê-la crescer.


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