16/08/2019 - DESEMPREGO CAI LENTAMENTE




A economia brasileira não reage e continua praticamente estagnada. O desemprego caiu de 12,7%, do primeiro trimestre, para 12% no segundo, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua), fechada em junho deste ano. Existiram, na data da pesquisa, 12,8 milhões de pessoas em desemprego formais, isto é, com carteira assinada. Destes, 26,4%, ou seja, 3,347 milhões, procuraram emprego há pelo menos dois anos. É o maior número deles para o segundo trimestre desde 2012. Maior tempo fora do mercado dificulta reinserção, devido à depreciação do capital humano. Conforme a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy: “A proporção de pessoas à procura de trabalho em tempos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido em períodos mais longos. Parte delas pode ter conseguido, mas outra aumentou seu tempo de procura”. O desemprego recuou em 10 Estados, mas as dificuldades de colocação se tornam maiores porque as pessoas ficam desatualizadas. A Bahia é o Estado da federação com maior número de desempregados abertos, aproximando-se de 20% da População Economicamente Ativa (PEA). Por seu turno, a parte da PEA que está crescendo ocorre no trabalho informal, tendência dos últimos anos.

Os economistas concordam que um exército assim de desempregados não atrapalhará a retomada no longo prazo, porque será absorvida sem grandes dificuldades. Porém, haverá carência de pessoas mais qualificadas, devido à desatualização que passaram.

O desemprego cai lentamente e os sinais da economia são de que a recuperação ainda demorará, para desespero daqueles que vêem aumentar as suas dificuldades de retornar ao mercado de trabalho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS