07/08/2019 - GUERRA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL




Há várias formas de guerra. A guerra armada é a pior. Deixou de existir, a mundial, visto que somente houve duas grandes delas, em 1914 e 1939, em razão da detonação de artefatos atômicos, em 1945, que destruíram duas cidades no Japão. O mundo então poderia ser destruído. Os países atômicos fizeram acordos de não agressão. Porém, ficaram na guerra fria. Ameaças de ataques, que nunca se concretizaram, desde o fim da segunda guerra. Porém, a guerra do comércio internacional sempre existiu, mesmo tendo a Organização Mundial do Comércio. Ora há países defendendo o livre comércio, ora sendo protecionistas. Ondas de taxações de tarifas, que podem ser parciais ou globais acontecem, mesmo com acordos de blocos comerciais de nações, tais como o Nafta, União Europeia, Opep e Mercosul.

O governo de Donald Trump, eleito para o período de 2017-2020, tem como lema “America first”, notadamente protecionista de suas empresas, para vendas no mercado interno, ganhando das importações, visto tarifas impostas. Desde 1979, quando a China era um país fechado, os mesmos Estados Unidos abriu as portas para produtos chineses. Daí, a China, que era um país pequeno, bem menor do que o Brasil se agigantou, ficando trinta anos depois na segunda maior economia mundial. Projeções da PriceWaterhouseCoopers apontam a China no primeiro lugar, até 2050. Isto é, em cerca de trinta anos vindouros. A Índia também vem, perseguido o terceiro lugar em PIB. Atualmente, os Estados Unidos tem um PIB de aproximadamente US$20 bilhões. A China de US$12 bilhões. O Brasil de US$2 bilhões. A estimativa da Price é de que em 2050 a China teria um PIB de US$50 bilhões.

Trump, no final do segundo ano, colocou uma tarifa de 25% nas importações da China, em US$250 bilhões em compras. A China também retaliou com tarifas sobre importações dos Estados Unidos. Em janeiro deste ano, em reunião dos países ricos em Davos, na Suíça, fez-se uma trégua entre os países. Mas, agora, Trump anunciou tarifa de 10% sobre US$300 bilhões de importações da China.

A guerra comercial favorece a economia doméstica dos Estados Unidos e as dificuldades e vantagens do comércio internacional se propagam pelo mundo. No geral, aumento de tributos reduz a capacidade de negócios, visto que se retira dinheiro de certas atividades produtivas e o coloca em outras. No mundo globalizado, o Fundo Monetário Internacional calcula que isso poderá reduzir o ritmo de crescimento do PIB mundial, que está sendo projetado acima de 3% ao ano.

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