30/08/2018 - DESCONFIANÇAS DE MERCADO APÓS PESQUISAS




Sem dúvida, a frase atribuída a Leonardo da Vinci de que “A pesquisa nunca nos engana” se confirma no Brasil, na medida em que as desconfianças com as propostas de Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes e Fernando Haddad, derrubam a bolsa de valores, eleva o valor do dólar e provocam fugas recordes de capitais. Existem também razões externas que influenciam o cenário instável doméstico, como a disputa comercial entre Estados Unidos e China, além da apreensão com as economias emergentes, depois das fugas de investidores da Turquia, em direção aos Estados Unidos e Europa. A pesquisa divulgada no dia 22, deste mês, relativas aos dias 20 e 21, do Instituto Datafolha, com 8.433 entrevistados, em 313 municípios, corroborada pelas enquetes do IBOPE e da CNT/MDA, revelaram que os candidatos acima citados não reúnem condições de credibilidade do mercado, de que qualquer um deles governaria bem o Brasil, colocando o País “nos trilhos”. Ademais, o candidato Lula, mesmo preso, está em primeiro nas pesquisas e subindo. Quanto mais se fala da sua impossibilidade, mais ele cresce nas pesquisas. Claro, nem o próprio PT acredita que ele saia da cadeia, em tempo hábil para disputar as eleições, já que é “ficha suja”, conforme poderá ser a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

O candidato Jair Bolsonaro se mostra um nacionalista estatizante de direita. Depois vem a candidata Marina Silva, uma populista de esquerda, que não apresenta densidade política. O candidato Ciro Gomes é de centro-esquerda, tido como intempestivo e aparentemente volúvel. O candidato Fernando Haddad, tido como de esquerda, é herdeiro de papéis intervencionistas do PT, que findaram com Dilma em resultados catastróficos. O candidato Geraldo Alckmin, o único que já declarou ser um liberal, tido como de direita, embora tenha o maior tempo de televisão, está atrás de todos os acima citados. O candidato Henrique Meirelles, outro do perfil semelhante a Alckmin, não passou de 1% das intenções de votos. O mesmo que acontece com Meirelles, em intenção de voto, ocorre com os outros concorrentes. Outros seis candidatos não reúnem a mínima aprovação dos entrevistados em pesquisas. Lula está praticamente descartado. Logo, existe uma perplexidade, transformando-se em grande volatilidade.

Segundo o mercado financeiro, candidato confiável é aquele capaz de obter maioria parlamentar, de dois terços, para promover as reformas necessárias, tais como a da Previdência Social e a Tributária. A grande maioria dos atuais parlamentares são candidatos à reeleição, tendo as verbas majoritariamente para a propaganda eleitoral, sendo aguardado que o Congresso futuro continue muito parecido com o atual. Como aqueles que parecem ser confiáveis pelo mercado tal como Alckmin e Meirelles, têm baixíssimas intenções de voto, o cenário atual é instável. Assim, aguardam-se as propagandas em rádios e televisão para ver-se se o quadro se alterará, quando então se terão os dois candidatos que provavelmente irão ao segundo turno e as coligações que se processarão.

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