11/08/2018 - XP INVESTIMENTOS É CRÍVEL




Mercado do dinheiro é dos mais concorrenciais. Sem dúvida, concorrência imperfeita. Oligopólio, conivente, organizado. Cartel puro. Supra sumo do capitalismo. Segundo Leftwitch, em seu livro “O Sistema de Preços e a Alocação dos Recursos”, os cartéis são de quatro tipos: conivente, organizado; conivente, não organizado; não conivente, organizado; não conivente, não organizado. Ao querer lançar suas ações no mercado a XP foi interrompida pela compra de oferta de suas ações, pelo Banco Itaú, de 49,9%, até 30% do seu capital votante. A XP aceitou, claro, ser sócia do maior conglomerado bancário da América Latina somente lhe daria ainda mais credibilidade. Capital intangível e de forte participação. Ora, trata-se do processo de fagocitose. “Os grandes comendo os pequenos”. O assunto foi ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão deliberativo do governo federal, decidindo que o Banco Itaú não compra o controle da XP por oito anos.

Em 2022, o Banco Itaú poderá comprar até 62,4% das ações da XP, mas não poderá comprar mais de 40% do seu capital ordinário. Isto é, controle do capital social. E daí? Como se move o Banco Itaú?

“Banco tentando comprar fintechs é uma tendência do mundo. É positivo porque oferece oportunidade de saída para os empreendedores, mas impõe aos reguladores o desafio de não deixar que isso afete a competitividade”, disse na Folha de São Paulo, de hoje, o diretor da Associação Brasileira de Fintechs (ABF), Guilherme Horn.

A propósito, no capitalismo é assim. A concorrência é conversa afiada. Todos procuram fazer uma associação. No máximo, um cartel. É fato.

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