01/08/2018 - PAÍS RETORNA AO MAPA DA FOME
A Organização das Nações Unidas mapeia a fome no globo onde
acredita existirem cerca de um bilhão de famintos em contingente populacional
por volta de sete bilhões. Ou seja, 14,3% do total mundial. Em reportagem da
revista Isto é, desta data, p. 46 a 50, intitulada “Uma potência agrícola onde
falta comida”. Subtítulo: “A pobreza extrema cresce 128% em três anos e
recoloca o País no Mapa da Fome das Nações Unidas”. Assim, cerca de 11,7
milhões de brasileiros por dia tem alimentação insuficiente para atender às
necessidades básicas de nutrição e saúde. As formas de alimentação escolar
sofreram grandes cortes e as principais vítimas da subnutrição são as crianças.
No ano passado o órgão da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês)
alertou para a difícil situação dos famintos no Brasil, quando se esperava que
os programas sociais pudessem erradicar a subnutrição até 2030. Provavelmente,
tese esposada por J. F. Graziano da Silva, dirigente máximo do órgão, indicado
pelo PT, mas nada se referiu a que foi o próprio PT que reforçou os citados
programas e o PT mesmo conduziu o País, com seus desvarios, à forte recessão de
2014-2016, mediante déficits primários nunca vistos e estimado para tantos anos
(crê-se 8 anos).
Apontou a revista citada que os cortes em programas como o
Bolsa Família e o Merenda Escolar aumentaram os efeitos recessivos para os
pobres. Mas, pior do que isso tem sido o crescimento do desemprego, fruto da
referida recessão, hoje por volta de 13 milhões de cidadãos. Desse modo,
verifica-se que 5,6% da população brasileira não possuem condições de adquirir
comida suficiente para viver. Dessa maneira, já ultrapassa o percentual do Mapa
da ONU, visto que a condição é de ultrapassar 5%. Sabe-se hoje que 24,8 milhões
de brasileiros vivem na pobreza. Isto é com menos de R$954,00 por mês, que é o
salário mínimo, incluídos os que vivem na miséria extrema. O contingente destes
últimos é de 11,7 milhões, que são os brasileiros que vivem com menos de
US$1.90 por dia. Isto é, R$7,16 por dia. Destes 7 milhões não são contemplados
por nenhum programa social.
A ironia é que o Brasil tem obtido supersafras agrícolas, mas
estas são para a exportação. São de soja, milho, algodão, basicamente. Não são
de alimentos para a principal alimentação de pobres, tal como o feijão, o arroz
e a farinha.
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