18/08/2018 - MAIS DE TRÊS MILHÕES BUSCAVAM VAGAS HÁ MAIS DE DOIS ANOS




Não é pouco o fato de que mais de três milhões de brasileiros buscavam vagas de emprego e não encontravam, há mais de dois anos, conforme divulgado nesta semana os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-CONTÍNUA), relativa o segundo trimestre deste ano. Representavam quase 2% da população total e se aproximavam de 5% da População Economicamente Ativa (PEA). No total foram mais de 4,8 milhões de brasileiros que desistiram de procurar emprego, em desalento e por não procurar. Por outro lado, parecendo contraditório, a taxa de desemprego global caiu de 12,9% para 12,4% do primeiro par o segundo trimestre do ano. Na verdade, os empregos formais, com carteira assinada, migraram para o subemprego ou para a informalidade.

A taxa de subutilização da foca de trabalho, que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial, foi de 24,6%, o que representa 27,6 milhões de cidadãos. A estatística do segundo trimestre praticamente ficou estável em relação ao primeiro trimestre. As maiores taxas de desocupação foram de 21,3% no Amapá, de 17,3% em Alagoas, 16,9% em Pernambuco, de 16,8% em Sergipe e 16,5% na Bahia. O contingente de desalentados de pessoas de 14 anos ou mais chegou a 4,8 milhões, correspondentes a 4,8 milhões. Em primeiro lugar esteve Alagoas com 16,6% e, em segundo, o Maranhão com 16,2%.

A precarização do trabalho está ocorrendo porque as pessoas de carteira assinada estão diminuindo e se elevando o número de pessoas no mercado informal. Ademais, conforme a coluna de hoje de Miriam Leitão, intitulada “Emprego: desafio que permanecerá”, inicia-se assim: “No começo de 2012, quando o indicador mais amplo do mercado de trabalho, que une o desemprego, o desalento, a subutilização da mão de obra, começou a ser medido, a taxa total era de 20,9%. Agora é de 24,6%. Naquela época, a economia não estava em recessão. Há um problema mais profundo que desafia o País a ter melhor entendimento do fenômeno. O desemprego é uma espécie de índice síntese dos erros que o País tem cometido em várias áreas e não comporta simplificações”. Uma correção: o Brasil não estava em recessão, mas os erros começaram a ser cometidos em profusão, desde 2011, início da gestão Dilma, sendo escondidos e desaguando em 2014 com a forte recessão, ou depressão, como preferem muitos afirmar.

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