16/08/2018 - LULA NOMINOU OS CULPADOS PELA SITUAÇÃO ATUAL
Lula nominou os principais culpados pela difícil situação
atual. Em artigo publicado no New York Times, de dois dias atrás, comentado por
Brian Winter, da revista American Quartely, na Folha de São Paulo de hoje,
página 2, numa versão do que Lula se referiu: a ter feito muito bom governo,
saindo com quase 90% de popularidade (foram 83%, o arredondamento não é o trivial).
Porém, nomeou pelo menos quatro motivos da “sinuca de bico” na qual se encontra
o País: a crise financeira de 2007-8, de que “Dilma só piorou as coisas”, pelos
seus erros, incapacidade política e de ter sabotando o tripé da economia, que
ele recebeu de FHC e deixou para ela, e de que a corrupção no Brasil sempre foi
endêmica há mais de 500 anos. Nas palavras colocadas pelo Brian: “E então esse
progresso foi interrompido. Como a maioria dos países, tivemos dificuldades financeiras
para responder à crise financeira de 2007-8. A sucessora que escolhi, Dilma
Rousseff, piorou as coisas. Ela não só era terrível na política como sabotou o
tripé econômico que trabalhei com tanto afinco para manter, lançando o Brasil
em profunda recessão. Por sua gestão enganosa nas nossas contas orçamentárias,
o Congresso votou pelo impeachment em 2016... Havia também o problema da
corrupção. Embora os meus advogados tenham me aconselhado a não falar sobre as acusações
específicas contra mim, posso afirmar que a corrupção é endêmica no Brasil
desde que este foi colonizado, há mais de 500 anos... Por que minha condenação me
desqualifica como candidato à Presidência, sob uma lei que assinei quando
presidente. O líder nas pesquisas agora é Jair Bolsonaro, um capitão do
exército, que insulta as mulheres, as minorias e os pobres... Acredito que ele
nos levará de volta a uma era de que só a elite colhia os frutos do crescimento
econômico... Nosso partido em breve nomeará um dos nossos líderes mais jovens e
moderados, ex-prefeito de São Paulo, para me substituir como candidato... Mas,
a coisa mais importante é que o próximo presidente do Brasil, quem quer que
seja, retorne o progresso igualitário e democrático de que nosso País
desfrutava não muito tempo atrás”.
A problemática colocada é acerca do próximo presidente. O que
Lula está se referindo é de que o candidato militar poderá adotar práticas
econômicas da ditadura de 1964-1984, se eleito; de que o candidato do PSDB
poderá adotar um governo de coalizão, tal como o ocorrido de 1995 a 2002, se
também for escolhido; ou, na esperança de transferir votos, de que o candidato
do PT poderá retornar a um governo de cooptação, à semelhança do que Lula
realizou de 2003 a 2010. As cartas estão postas. Agora é aguardar os resultados
eleitorais, verificando se for mesmo à linha de sucessão que está exposta dos
três candidatos. Os outros dez pleiteantes não parecem reunião votos
suficientes para serem eleitos.
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