06/08/2018 - AGRICULTURA ORGÂNICA




A agricultura orgânica é aquela que não usa agrotóxico. O produtor orgânico tem que cumprir uma série de regras para obter a certificação. Isto é, o selo de qualidade. Os requisitos vão desde o campo até a comercialização. São analisadas as qualidades dos insumos, o processamento e o transporte até chegar ao consumidor. Existem três formas de conseguir autorização para produzir e comercializar alimentos orgânicos. A principal certificação é feita pelo Instituto de Biodinâmica (IBD), autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)  e pelo Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade (INMETRO). O IBD estabelece as regras para conceder o selo. As exigências incluem dezenas de formulários, entrevistas, auditorias, análises, visitas técnicas, observação das atividades e dos equipamentos usados em campo, coleta de amostras, rastreabilidade e avaliação final de equipe especializada. O investimento do produtor pode alcançar até R$80 mil por ano, a depender do tamanho da propriedade. O certificado é anual e deve ser revalidado para continuar em vigor. Para a produção familiar até 10 hectares, o custo inicial gira em torno de R$12 mil.

Os produtos orgânicos têm demanda muito maior do que a oferta. As dificuldades da produção em escala levam a que os preços sejam altos e chegam às feiras livres muito disputados. As sementes deverão ser produzidas pela própria fazenda.

Perante as dificuldades de certificação somente 9,5% dos pequenos produtores estão certificados no Distrito Federal, em Brasília. Em Minas Gerais é de 1,8%. Na Bahia, somente 0,2% dos agricultores comprovaram que produzem alimentos orgânicos. Dos 762 mil produtores baianos só 1.512 tem selo de orgânico.

Face ao exposto, a produção saudável, de qualidade de mais de 200 produtos agrícolas possui, como muitas coisas no País, uma burocracia infernal.

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