28/08/2018 - ALTA DO DÓLAR ELEVARÁ PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
Conforme é sabido, a Petrobras é a maior exportadora de
petróleo do tipo pesado e importadora de petróleo do tipo leve, aquele que é
mais consumido pela matriz energética brasileira. Há alguns anos o petróleo tem
se elevado de preços, muito além da sua trajetória média das últimas décadas.
Durante a gestão petista (2003-2016) os repasses dos preços dos combustíveis ficaram
contidos, quando não congelados por algum tempo. Na gestão de Michel Temer, os
preços dos combustíveis começaram a refletir o realismo do mercado e a
Petrobras vem repassando a variação cambial para os preços nacionais, o que tem
sido mais de altas do que de baixas. Claro, isso é inflacionário. Evidente que
os efeitos são em cadeia devido à importância do petróleo.
Com respeito à gasolina têm sido francos os repasses da variação
cambial aos preços. Já com a paralisação dos caminhoneiros do final de maio
chegou ao fim quando o governo resolveu subsidiar o preço do óleo diesel em
R$0,30 por litro. As elevações do preço do dólar, estando em patamar acima de
R$4,00 está sendo insuficiente para ressarcir refinarias e importadores de
petróleo. Até o final do mês, faltam três dias, a Agência Nacional do Petróleo apresentará
nova forma de cálculo. Sem dúvida, ela conterá o repasse do preço pela alta do
dólar.
O preço do diesel está congelado desde maio, por força do
acordo para o fim da paralisação dos caminhoneiros. O subsídio calculado para
este ano é de R$9,5 bilhões. Acontece que nos últimos dias o preço do dólar disparou
e o subsídio ao diesel está sendo inócuo, enquanto estiver o peço do dólar
acima de R$4,00. Os reflexos inflacionários acontecerão, mas não na forma
forte, visto que a economia continua com baixa demanda agregada.
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