26/08/2018 - PLANOS DOS CANDIDATOS
A ciência econômica tem suas leis. As principais são: a lei
da escassez, a da demanda, da oferta, dos mercados, dos ciclos, da divisão do
trabalho, da especialização do trabalho, economia de escala, concentração de
capitais, centralização de capitais, dos rendimentos decrescentes, da
destruição criativa, lei de ferro dos salários, dentre outras. A arte da
economia é a melhor escolha dos seus pressupostos. Assim, um candidato ao cargo
maior do Brasil, a presidência da República, precisa definir o seu modelo
econômico e fazendo um plano de governo, tal como obriga a legislação eleitoral.
Vai longe o tempo em que JK fez seu Plano de Metas: 1955. Ele
congregou 30 metas mais a meta-síntese que foi a construção de Brasília. Os
militares realizaram cinco planos de desenvolvimento e 1965 a 1979. Agora, vêm
os planos dos candidatos, retratado pela Folha, de hoje, como “Planos de
governo dos presidenciáveis expõem metas pouco realistas”. Acerca do déficit
público. Jair Bolsonaro pretende eliminar o déficit primário em um ano. Não
disse como. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin querem eliminar o rombo referido em
dois anos. Não disseram também como. Sobre o desmatamento. Lula e Marina Silva
afirmaram que irão acabar com o desmatamento. Como? Sobre a dívida pública. Ela
está hoje em R$5 trilhões ou 77% do PIB. Bolsonaro promete reduzi-la em 20%,
mediante privatizações e concessões. Acerca da educação. Lula, Marina Silva e
Ciro Gomes prometeram elevar a verba da educação de 6% para 10%. Sobre
segurança pública. Alckmin se comprometeu a reduzir de 40 para 20 por 100 mil
os homicídios como média do País. Mudanças climáticas. Marina Silva se
compromete a zerar a emissão de gases que provocam o efeito estufa. Lula também
quer zerar citada emissão e acabar com o desmatamento até 2022. Acerca do SPC.
Ciro Gomes quer fazer os 63 milhões de pessoas inadimplentes em fichas limpa
para dinamizar o consumo.
Em suma, não apresentaram modelo econômico e muito menos
fizeram plano de desenvolvimento. Não querem expor ideias para não serem
cobrados depois do exercício do poder.
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