31/07/2018 - FINANÇAS PÚBLICAS MELHORAM LONGE ESTÁ O DÉFICIT
Na previsibilidade de um déficit primário de R$159 bilhões
para este ano, aprovado pelo Congresso, em valor igual do que fora em 2017.
Quer dizer, nem melhorar era esperado. Porem, os números de agora mostram um
breve alívio. Houve expressiva alta na arrecadação tributária, sem, contudo,
sair do quadro de calamidade em que se encontram as finanças públicas. Assim,
no primeiro semestre deste ano, o déficit primário foi de aproximadamente R$33 bilhões,
sensivelmente menores do que aquele do primeiro semestre de 2017, de R$59
bilhões. No ano passado, o crescimento do PIB foi de 1%. O mercado financeiro
está projetado agora de 1,5%, conforme pesquisa semanal do Banco Central. No
segundo semestre são esperados bem maiores gastos públicos, principalmente com
pagamento de reajustes e de salários dos servidores, além de investimentos
públicos em execução.
No primeiro semestre a arrecadação cresceu mais de 6%, em
termos reais, não obstante a economia tenha recuado bastante, principalmente
depois da greve dos caminhoneiros do final de maio, conforme aconteceu
principalmente em junho. Entretanto, a rigidez dos gastos públicos, na forma em
que vem sendo conduzidos, mesmo com lei de teto dos gastos e redução do nível
de investimentos projetados, são aguardados reajustes salariais, principalmente
de camadas dos servidores que não os vem tendo desde 2015. Dessa forma, as
estimativas dos especialistas em finanças públicas são de que o déficit
primário continue por todo o mandato do novo governo, nas condições atuais do
balanço do governo central.
Vem mais uma eleição geral, inclusive para presidente da
República. As campanhas irão começar em poucos dias. De certo não serão
ventiladas medidas amargas. No entanto, não há novo presidente que não as tomem,
seguindo Maquiavel, de fazer o mal de uma só vez e o bem aos pouquinhos. Não precisa
ter grande conhecimento, mas há sempre apreensão e confiança de que o futuro
melhore.
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