14/07/2018 - IRRESPONSABILIDADE CONTINUADA NO CONGRESSO
Deputados e senadores estão aprovando uma série de projetos
que aumentam gastos ou abrem mão de receitas para beneficiar segmento
específicos, que se utilizaram de lobistas. Um verdadeiro balcão de negócios a
olhos vistos no Congresso.
Cabe a o Congresso cobrar do poder Executivo a Lei de
Responsabilidade Fiscal, que tem punido prefeitos e até afastou a presidente
Dilma da direção da República. Mas, não existe uma Lei de Responsabilidade do
Congresso. Em todo ano existe a “farra” com o orçamento do ano atual e do ano
que vem. No ano passado, houve muitos bilhões de perdão de dívidas ou redução
delas para os ruralistas, estes que têm a maior bancada congressista.
Manutenção de subsídios fiscais em ampla gama de setores e elevações salariais
ou correções dos servidores públicos. Além do caixa do governo vir desde 2014
com déficit primário, o déficit deste ano passou a ser de menos R$159 bilhões.
São cinco anos de déficits bilionários seguidos. Financiados pela dívida
pública, que já se elevou da casa de 50% para mais de 70% do PIB. Próximo de
80% do PIB. Nas férias de meio de ano, como acontece todo ano, além de férias
de dezembro de janeiro, os congressistas aprontaram cada vez mais.
No dia 12, passado, aprovaram despesas adicionais ao projeto
de lei do orçamento, para o ano que vem de cerca de R$100 bilhões. Em
princípio, eles que representam a União, mas vem dos Estados, querendo
transferir da União para os Estados R$39 bilhões, como contrapartida às desonerações
das exportações de 20 anos. Ampliação dos benefícios fiscais para a região
Centro Oeste (para quem? Claro, para o agronegócio) de R$9 bilhões. Fixação de
marco regulatório para transporte rodoviário, nome pomposo para os subsídios
tributários de R$9 bilhões, decorrentes da vitória dos caminhoneiros em recente
paralisação. Manutenção do reajuste dos servidores públicos, no valor de R$11
bilhões. Restabelecimento de benefícios tributários para a indústria de
refrigerantes da Zona Franca de Manaus, de cerca de R$2 bilhões, recursos estes
que foram cortados por Temer. Transferência de servidores públicos na região
Norte, no valor de R$2 bilhões. Liberação de aliados políticos e de parentes
para serem dirigentes de empresas estatais, havendo lei que proíbe isto, não se
sabe ainda quanto isto irá custar. Perdão das dívidas dos pequenos e médios
produtores do Simples. Perdão das multas da greve dos caminhoneiros. Vista
grossa com a roubalheira no Ministério do Trabalho e no INSS.
Comentários
Postar um comentário