11/07/2018 - PAÍS FOI ETERNAMENTE JOVEM




Pensou-se assim, durante séculos, de que o Brasil era um país eternamente jovem. Porém, as projeções atuais do IBGE revelaram que a partir de 2043 a população nacional passará a diminuir, depois de alcançar 243 milhões de habitantes. O IBGE, a quem cabe também calcular a expectativa de vida do brasileiro, revelou que hoje está em 76,1 anos de vida, quando era de 62,5 anos em 1980, destacando que a população de idosos nos alojamentos públicos cresceu 33% em cinco anos. Saltou de 45,8 mil para 60,8 mil. Quando se consideram os albergues privados tal número sobe para cerca de 100 mil. Os albergues públicos estão lotados. Um crescimento muito rápido e preocupante. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social o problema é de falta de poupança e planejamento. Ora, justamente fatores que prescindem de educação financeira, que o brasileiro muito pouco conhece, a qual deveria ser fornecida por outro ministério específico do governo (o da Educação). Conforme o IBGE, entre 2012 a 2017, dados também para cinco anos, a população de idosos saltou 19,5%, de 25,4 milhões, para 30,2 milhões. É bem verdade que a recessão começada em 2014 tem turbinado este número. Porém, o País, em seu leito de crescimento, como um todo, está também envelhecendo rapidamente. O segmento que mais cresce é acima de 80 anos. Atualmente, o País tem 14% da população idosa, daqui a 30 anos será de 30%. Redução do número de trabalhadores e elevação dos encargos assistenciais.

Em estudo de 144 países pelo Banco Mundial, o Brasil está 101º lugar em reserva para a aposentadoria. Ou seja, os cidadãos não poupam para a velhice, passando necessidade, indo para abrigos, sujeitando-se mais a doenças e mortes. A poupança para a velhice no Brasil é de uma média de 11% da renda, em 15º lugar nas Américas. Em primeiro lugar vem o Canadá com 59%. Em segundo, os Estados Unidos, 54%. Em terceiro, Bolívia, 20%. Chile. 4%. Ganha para o Haiti com 10%.

A situação tende a piorar porque a Previdência Social está estourando e irá retirar benefícios e alongar a idade de aposentadorias, sem o que os mal educados financeiramente não terão muito a quem recorrer.

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