18/07/2018 - RECUO DE 3,34% EM MAIO




O Banco Central divulgou o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de maio, apresentando uma queda de 3,34%, em comparação com abril. O recuo ocorreu após crescimento de 0,5%, em abril, em relação a março. Em maio o País foi tomado de surpresa pelo desabastecimento provocado pela greve nacional de caminhoneiros, em 11 dias do final daquele mês. Na comparação com o mesmo mês de 2017 houve retração de 2,9%. No acumulado do ano há o registro de crescimento de 0,73%. Em doze meses a expansão chegou a 1,13%. Em tão pouco tempo, caiu a expectativa para um terço do previsto para este ano. Este está repetindo o medíocre crescimento de 2017, depois de três anos recessivos. Vale dizer, o quadro sombrio ainda não se restabeleceu, haja vista que há déficits primários do governo desde 2014, que se prolongarão por mais um ou dois anos. Isto como perspectiva do fluxo de caixa de hoje, da Secretaria do Tesouro Nacional. Vale dizer que a dívida pública em relação ao PIB continuará a crescer e poucos recursos serão aplicados em uma grande deficiente infraestrutura.  No ano que vem, empossado novo presidente, haverá novas diretrizes de gestão e o quadro poderá se alterar.

O IBC-Br é uma das maneiras de verificar a evolução da economia nacional e subsidia a tomada de decisão do Banco Central com respeito à taxa básica de juros, a SELIC. Referido indicador apresenta dados dos setores produtivos: agropecuária, indústria, comércio e serviços, bem como a formação da arrecadação. O índice foi criado para poder antecipar divulgação do dado oficial do IBGE, que demora muito de ser apresentado. Por oportuno, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção do PIB do Brasil para 1,8%, no relatório mensal Perspectiva da Economia Mundial, cuja previsão anterior era de 2,3%. No entanto, para 2019, a projeção do FMI continua em 2,5%. O FMI já havia antecipado a revisão na semana passada. A explicação da redução, segundo ele, deveu-se à piora na perspectiva de crescimento, refletindo os efeitos da greve dos caminhoneiros e às incertezas políticas das eleições de outubro vindouro. Enfim, as perspectivas estão se retrocedendo de um bom resultado, de 3% de incremento do PIB para um terço do seu valor.

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