30/07/2018 - ECONOMISTA PROCURA SER MAIS REALISTA
O economista procura ser mais realista do que outras
categorias porque ele calcula o custo de oportunidade como se fosse um custo
imputado à confecção do produto. Seria um custo implícito ou considerado um
lucro normal. O contador, por exemplo, considera somente os custos explícitos.
Logo, o lucro empresarial é maior para o contador do que para o economista, porque
este considera custos explícitos e implícitos. Uma forma de estudar se encontra
no livro Introdução à Economia, de Mankiw, capítulo 13 – os custos de produção.
Outro exemplo é encontrado no artigo de Samuel Pessôa, na Folha
de São Paulo, de ontem, intitulado “Fim do bônus demográfico”, quando ele, ao
analisar os dados publicados pelo IBGE, em atualização sobre demografia (a
última foi há cinco anos), afirma que em 2019 acabará o bônus demográfico e
ainda cita que os demógrafos acreditam que acabará em 2035. Pelos dados de
2013, o economista acreditava que o citado bônus terminaria em 2023, enquanto
os demógrafos acreditavam que iria até 2041. Sem dúvida, a forte recessão de
2014-2016, não prevista, piorou as projeções.
O bônus demográfico é o estágio pelo qual todo país passou e
jamais voltou. Isto é, quando mais de 50% da população está em idade mais produtiva,
de 20 a 64 anos. O conceito é de População em Idade Ativa (PIA). Outro conceito
é a População Total (POP), a qual o IBGE divulgou neste mês que está em 208,5
milhões. Para o economista, quando a taxa de crescente da PIA for maior do que a
da POP se teria o citado bônus. Para o demógrafo, ele considera a razão da maior
dependência, quando crianças, idosos e jovens compõem um contingente inferior a
50% da população.
Para Pessôa, o quadro poderia ser revertido se fossem
melhoradas as externalidades positivas, entre elas, a principal é a educação. Ademais,
seriam precisas as reformas estruturais das quais o País tanto reclama, para o
retorno as maiores taxas de crescimento econômico.
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