06/07/2018 - PRESIDENCIÁVEIS NA CNI




A Confederação Nacional da Indústria convidou os seis candidatos mais referidos a apresentarem seus planos para um provável governo federal. Na verdade, uma lástima, o que falaram. Nem no conjunto ficou bom. Não tem planos nenhum deles ainda somente acenos ao que poderão fazer. Tão diferentes estão os tempos que revelaram planos de desenvolvimento, no período de 1949 a 1979, quando o Brasil cresceu por volta de 6% ao ano, aos tempos de 1980 para cá. Os presidenciáveis de ontem tinham metas, muitas metas. Os de menos de quatro décadas para cá fazem surpresas ou prometem fazê-las, amedrontando os brasileiros e os fazendo pessimistas ou não acreditando que o País voltará ter longo crescimento sustentável, para atingir o desenvolvimento econômico. Por outro lado, deixaram de anunciar planos, de nem anunciar programas, projetos ou agendas.

O primeiro colocado nas pesquisas está preso, o ex-presidente Lula, não podendo ir aos debates de agora. Porém, se sair candidato poderá ganhar, mas com um discurso diferente, agora populista e não reformista. Porém, poderá não agradar muito como fez da última vez. O segundo colocado, Jair Bolsonaro, apresentou ideias de sua agenda a favor do mercado, defendendo uma visão liberal, com a ampliação do poder da iniciativa privada. Prometeu fazer 15 ministérios e colocar neles, não se sabe se em todos, ministros militares, mas não conseguiu detalhar nenhuma das suas poucas propostas. Recebeu aplausos. O terceiro colocado, Ciro Gomes, disse ser contra as reformas estruturais. Chamou a reforma trabalhista de “selvageria”. Claramente contra o mercado e foi vaiado. O quarto colocado foi a única mulher que se apresentou com alguma chance, Marina Silva (só há outra mulher, a Manuela D´Ávila, que nem está pontuando e não foi convidada). Marina somente apontou erros e não articulou nenhuma proposição. O quinto colocado, Geraldo Alckmin, citou o presidente Donald Trump e prometeu uma redução dos tributos para as empresas. Só faltou dizer, Brasil, primeiro. O sexto colocado, Henrique Meirelles, disse que iria fazer campanha baseado no que fez na presidência do Banco Central. Reduziu muito a sua abertura de projeto. Não convence. O sétimo colocado, Álvaro Dias, referiu-se somente que faria uma lista tríplice para a escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Assim, fica muito difícil quem terá o melhor plano ou programa Nem mesmo agenda.

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