01/07/2018 - DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL
O Tesouro Nacional divulgou que a dívida pública federal
subiu 1,59% em maio, atingindo R$3,716 trilhões. Grande parte dessa elevação se
deve à capitalização dos juros, que somaram R$38,61 bilhões no mês referido,
quanto pela emissão líquida de títulos públicos no valor de R$19,85 bilhões. Ao
todo houve emissões de R$35,35 bilhões em títulos, enquanto os resgates somaram
R$15,487 bilhões em maio. Referida dívida inclui a parcela externa e a interna.
A dívida pública mobiliária federal interna subiu 1,4% e fechou maio em R$3,573
bilhões. Ou seja, 96% do total. Já a dívida pública federal externa ficou 6,62%
maior, somando R$142,97 bilhões pelo quinto mês do ano. Ou seja, só 4% do total.
Quando o Brasil se tornou independente de Portugal, a exigência da Inglaterra
para reconhecer o País foi de que o Brasil assumisse a dívida portuguesa, que
estava destroçado pelas guerras napoleônicas. Ademais, o Brasil fez guerra com
Portugal e tomou também emprestado da Inglaterra. Um país que nasceu devendo e
que deve até hoje. A diferença é que a
dívida em1824 era 100% externa. A dependência brasileira era total de capitais
estrangeiros. Por quase dois séculos a maior parte da dívida brasileira era
externa, fazendo o País dependente do imperialismo. Porém, a partir do Plano
Real, em 1994, o Brasil passou a ser menos dependente de capitais externos e
passou fazer um colchão de reservas internacionais, hoje superiores a US$ 370
bilhões. O último ataque especulativo que sofreu a moeda do País foi no início
do segundo mandato de FHC, mediante fuga de capitais que levou praticamente a
zero a reservas. Depois o Brasil não mais deixou acontecer ataque à moeda
nacional. Geralmente se trata de uma posição altiva em ter reservas externas.
No governo Lula o País pagou ao Fundo Monetário Internacional, que deixou de
monitorar a economia brasileira. Os valores das reservas externas teoricamente
servem para pagar mais de dois anos de importações, sem que se considerem as
exportações.
Comentários
Postar um comentário