26/07/2018 - PIB ENCOLHEU EM MAIO 1,5% DIZ FGV
No final de maio houve a paralisação de caminhoneiros pelo
território nacional, gerando desabastecimento, elevação do processo
inflacionário e recuo da atividade econômica. Cálculos da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), que também serve de prévia para o PIB do mês de junho dão conta
de que o PIB nacional recuou 1,5% no mês referido. A pesquisa mensal da FGV é
tradicional, chamada de Monitor do PIB. Porém é uma porrada nas expectativas do
governo central, que, desde abril de 2017, parou de produzir incrementos de
qualidade para o País, justamente quando se revelaram os sintomas e
desqualificação do presidente Michel Temer, que aconselhou ao dono do JBS a
manter o sistema de propinas para Eduardo Cunha, ex-líder do PMDB,
ex-presidente da Câmara de Deputados Federal, um dos maiores responsáveis pela
corrupção no País, hoje preso e que tampouco sairá da cadeia, devido a tantas
denúncias de corrupção, que tem em Temer um velho associado. Perdeu forças.
Cenários de mais de um ano revelam pessimismo com os atuais
dirigentes, assim como há um pessimismo geral pela não definição de um melhor
quadro de gestores para o País. Dessa forma, as expectativas têm sido mantidas
de forma ruim.
Não sem motivo a produção nacional caiu e caiu a arrecadação
agravando o quadro de déficits primários. É fato que a União arrecadou em junho
R$110,8 bilhões. No primeiro semestre as receitas governamentais foram de
R$725,4 bilhões, já corrigidos pelo IPCA, com alta real de 6,9%, abaixo do
patamar observado nos meses anteriores, de janeiro a maio, de 7,8%, além de
janeiro a abril, de 8,3%. Não fossem royalties e receitas não recorrentes, como
as do programa REFIS, a arrecadação teria caído 0,5% no mês passado. Em junho,
as receitas não administradas pelo Fisco, compostas principalmente por
royalties do petróleo, cresceram 46,7%, somando R$2,7 bilhões. A alta se deu
pelo aumento do preço do petróleo e pela desvalorização do real.
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