29/04Q2017 - DESEMPREGO CONTINUA EM QUEDA RECORDE
Informou ontem o IBGE os dados sintéticos da Pesquisa por
Amostra de Domicílios Contínua, que, geralmente, referem-se as progressões
geométricas mensais relativas a renda e população. Porém, relativo ao emprego
os dados são trimestrais. Dessa maneira, os dados do desemprego bateram novo
recorde, chegando a 13,7%, no primeiro trimestre de 2017. O ‘exército de
reserva’ da mão de obra formal já atinge 14,2 milhões. Não divulgou os
subempregados que passam de 10 milhões. A elevação, em relação ao trimestre
anterior, de outubro a dezembro, representou uma alta de 14,9%. Vale dizer, o
resultado é de 1,8 milhão de cidadãos desempregados, a mais. A taxa de
desemprego formal anterior era de 12%. Considerando um ano, mais de 3,1 milhões
de pessoas passaram a procurar trabalho no País. Ademais, o IBGE constatou
também recorde na redução de trabalhadores formais brasileiros, para 33,4
milhões na data da pesquisa, o menor contingente desde quando se iniciou a
coleta dos dados em 2012. O nível de ocupação, que representa o percentual de
empregados entre os nacionais, com idade para trabalhar, também permaneceu em
queda. O percentual é baixo, em um país de jovens, em pleno bônus demográfico,
que o aproveita negativamente. Recuou para 53,1%, no primeiro trimestre deste
ano. Queda de 1,7%, em relação ao trimestre anterior. Segundo o IBGE, cerca de
88,9 milhões de pessoas têm ocupação no País. Quer dizer, 88,9 milhões menos
33,4 milhões = 55,5 milhões. Ou seja, 37,6% são formais e 62,4% informais. As
ilações aqui estão em desacordo com que falam as autoridades, que o trabalho
informal representa cerca de 40% do formal. Seria de 13,7 milhões e a distância
é muito grande para 55,5 milhões. Ademais, 88,9 milhões de empregos se
constituem em 43,2% da população nacional. Parece um número muito pequeno para
um país que quer ser desenvolvido.
Ontem, também, existiram muitas manifestações nas ruas,
chamada de “greve geral”. Contra a reforma trabalhista e a reforma da
previdência social. Quase e muito pequeno, o quase, os protestos se referiram
ao indicador alarmante do desemprego aberto. Tampouco, do disfarçado. Ora, as
citadas manifestações foram principalmente guiadas pelos líderes de cerca de
17.000 sindicatos, que não querem perder o imposto sindical, que, de
obrigatório poderá passar a optativo, como soe acontecer no resto do mundo. Os
sindicalistas têm estabilidade no emprego e ficam quase sua vida útil de
empregado nos sindicatos, os quais são das poucas entidades que não prestam
contas ou são auditados. Sindicatos são importantes. Mas devem ser mantidos por
opção de seus membros e não compulsoriamente por todos os trabalhadores.
Comentários
Postar um comentário