19/04/2017 - PIB DO BC SURPREENDE COM CRESCIMENTO




O cálculo oficial do PIB é feito pelo IBGE, divulgado mensalmente. Ele apresenta os dados da oferta agregada, relativos aos três setores produtivos, agropecuária, indústria, serviços, bem como os dados da demanda agregada, consumo das famílias, investimentos das empresas, gastos do governo. O setor externo tem como oferta externa as importações e demanda externa as exportações. A tabela insumo-produto de Leontieff é feita nacionalmente. Permite contabilizar vendas menos insumos, igual a produtos. O IBGE possui dados consolidados desde 1903, mas do PIB só depois de 1948. Portanto, os dados coletados pelo IBGE se aproximam o máximo da realidade. O Banco Central (BC) possui informações estatísticas feitas por amostragens, envolvendo somente dados da oferta agregada, que é o PIB. Nos últimos anos, o BC passou a divulgar seu cálculo, como prévia do PIB, geralmente de 15 dias a 30 dias, antes do IBGE. Os dados do BC são uma previsão do que divulga ou do que escapa para os jornais, de informes das coletas parciais do IBGE. Tais como as áreas de serviços estão demonstrando melhoras; haverá uma supersafra; a indústria reagiu nas últimas semanas. Pistas de tendências anticíclicas, estabilidades e procíclicas.

O Índice do Banco Central (IBC-Br) nos últimos tempos tem sido maior do que os números do IBGE. Na verdade, captava o BC uma recessão pior do que aquela percebida pelo IBGE. Entretanto, ontem, o BC surpreendeu o mercado e mostrou índices de crescimento econômico para janeiro e fevereiro deste exercício. Para janeiro, o incremento do PIB foi de 0,26%; para fevereiro de 1,31%. Este último estava fora do raio de cogitação do mercado. A agência internacional Reuters acreditava que o indicador de fevereiro seria de 0,55%. Assim a pesquisa do BC foi 138% maior do que a expectativa do mercado. O otimismo foi à bolsa de valores que subiu 2,4%, ontem, além de o dólar cair para R$3,10.

A economia continua patinando, em face da gestão que não tem sido proativa. Há um ano que se refere a investimentos de R$200 bilhões de infraestrutura, mas não destrava os leilões para as parecerias entre o público e o privado. O que fez até agora, embora positivo, foram os leilões de quatro aeroportos. 

O relatório trimestral do FMI prevê recuperação global de PIB médio de 3,5%. Para o Brasil manteve para 2017 a taxa de incremento do PIB de 0,2%, mas de crescimento de 1,7%, em 2007 (antes era de 1,5%). Enfim, há mais de um ano que se breve lenta recuperação da economia brasileira e o desemprego ainda cresce. Assim, a recessão chegou ao fundo do poço e lentamente começou a sair dele.

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