15/04/2017 - CICLO DE QUEDA DA TAXA SELIC


Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros, a SELIC, no dia 12 passado. De setembro de 2015 a outubro de 2016, ela esteve em 14,25% anuais, depois de sete reuniões do BC que a confirmaram. Em outubro se iniciou o ciclo de queda, de 0,25%. Em dezembro, novo 0,25%. Em janeiro de 2017 caiu 0,75%. Em fevereiro reduziu-se 0,75%. Agora, em abril, caiu 1%, para 11,25%. São 3% menos em sete meses. O BC tem confirmado as expectativas dos analistas de mercado, nestas cinco reuniões. Há aqueles que preveem corte de 1,25%, para 10%, no final de maio. Já há expectativas de que no final do ano feche em 8,5% anuais. O ciclo de queda da SELIC parece que será até o final do ano. As taxas vêm caindo porque a inflação tem quedado também. Entretanto, se as previsões de que El Niño atacará a partir de setembro, poderá ser atingida a safra 2017/2018, os preços dos alimentos subirem e a inflação recrudescer. Ficar em 8,5%, será o segundo melhor momento de permanência da SELIC, depois do desastrado 7,25% do período de 2011/2012. A diferença é que atualmente a inflação tem ciclo de queda e, na época de Dilma, ela tinha ciclo de alta. Agora obtêm êxito. Naquele momento fracassou o combate à inflação. Porém, a economia brasileira ainda não reagiu, com crescimento. Tem sinalizado estagnação. O que é que falta para o retorno do crescimento?

Faltam as reformas estruturais. Política, tributária, da previdência, trabalhista, penal, da redução efetiva dos gastos reais do governo, das parcerias público-privadas, dos novos contratos de obras com as empreiteiras, que realizarem acordos de leniência, contendo contratos com cláusulas de compliance, além das reformas microeconômicas, relativas a criar-se um ágil ambiente de negócios, reduzindo ao mínimo a burocracia. Parece que as eras de crescer vias estímulos ao incremento do consumo, ao crédito e de subsídios já passaram, visto que referidos estímulos deixam ineficientes as empresas e se agiganta o aparelho do Estado.

Faltam instrumentos eficazes para combater a corrupção. Serem apurados e punidos os fraudadores. Contudo, as maiores ausências são as confianças dos empresários, em fazerem investimentos, que dependem das confianças dos consumidores. Estes dependem da elevação do nível de emprego. No círculo vicioso, por sua vez, depende das reformas.  

Enfim, em suma, falta à volta do otimismo em novo ciclo virtuoso.

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