05/04/2017 - INDÚSTRIA EM LENTA RECUPERAÇÃO




É visto agora pelo mercado que a indústria deixou para trás o pior da recessão, quando recuou em 12 meses, 4,8%, mesmo crescendo no primeiro bimestre. Segundo as estatísticas mensais do IBGE, dos 24 segmentos pesquisados em fevereiro, 13 registraram algum crescimento, em relação a janeiro. A produção industrial cresceu 0,1% em fevereiro e já acumula no ano 0,3%. A produção de máquinas, considerada importante sinalizador de investimentos, cresceu 9,8% em fevereiro. Já o segmento de automóveis teve expansão de 6,1%. Segmentos que refletem melhor o consumo das famílias, como alimentos, recuaram 2,7%; os grupos perfumaria, limpeza e higiene caíram 3,7% no citado mês. No conjunto, a situação é de estabilidade. A utilização da capacidade instalada tem aumentado, mas ainda se encontra em patamar histórico bastante baixo. Por ora, não deu ainda para reverter o desemprego crescente. Porém, chegará o momento em que doses de capital serão associados a mais doses de trabalho. Em março, as exportações de manufaturados tiveram bom desempenho, sendo o saldo da balança comercial o melhor em 29 anos. Os indicadores de confiança dos empresários do setor industrial apresentam forte recuperação. Por seu turno, tem sido observada melhora de confiança dos consumidores.

O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participando ontem de feira da indústria de segurança no Rio de Janeiro, revelou que agora não espera mais crescimento de 2,7% do PIB no último trimestre do ano, mas de 3%. Ao abrir a feira foi otimista ao considerar que, nos próximos trimestres, a equipe de governo considera possível recuperar os 30% dos investimentos perdidos nos dois últimos anos.

Ainda ontem, o Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, apresentou dados de investimentos das estatais como o menor desde o ano 2.000. O orçamento constava R$76 bilhões e foram realizados R$56,5 bilhões. Explicou ele que as empresas estatais estão se readequando e reordenando investimentos. A Petrobras é responsável por 85% deles e a Eletrobras por 7%. Como as estatais são da área de infraestrutura, investimentos que antecedem a expansão industrial, isso reflete também o baixo desempenho do País em 2016.

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