10/04/2017 - REFORMAS DE TEMER
Há quatro conjuntos de reformas em processos no legislativo
brasileiro.
A proposta da reforma trabalhista no Congresso é de fazer os
acordos e convenções coletivas ter poder de lei em itens como parcelamento de
férias, jornada de trabalho e remuneração da produtividade. Na prática, os
trabalhadores insatisfeitos com os acordos entram na justiça do trabalho de
forma individual. Desde 1941, 87 milhões de processos nela ingressaram. Em 2007
foram 2,6 milhões; em 2008, 2,8 milhões; em 2016, 3,9 milhões de novas ações
foram recebidas na justiça do trabalho. A revista Exame desta quinzena afirma
que a chance de aprovação é de 55% a 70%, ainda neste semestre.
A proposta da reforma da previdência é de unificar as regras
para os funcionários públicos e do setor privado, fixar idade mínima de 65
anos, mudar o prazo mínimo de contribuição e reformar o cálculo de pensões. A
chance de aprovação é de 70%, podendo ser aprovada em setembro de 2017. Parte
da base aliada não apoia a reforma porque teve ser punida nas urnas em 2018.
A proposta de reforma tributária do governo é de simplificar
O PIS, o COFINS. Além delas, há uma proposta dos congressistas de criar um
imposto sobre o valor agregado, em substituição a sete tributos, sendo os mais
importantes, o ICMS e o IPI. Porém, a
chance de aprovação é de 30% a 45%, podendo ser aprovada no primeiro semestre
de 2018 ou vir em novo governo. Foi muito falado de reduzir o tempo gasto para
pagamentos de impostos pelas empresas. Mas, deixou de ser cogitado.
As propostas de microrreformas são (1) a revisão da lei de
recuperação judicial e falências, de 2005, para reduzir incertezas nos
processos, em estudo no Ministério da Fazenda; (2) aperfeiçoamento das agências
reguladoras e reduzir a ocupação política delas; (3) criação de uma lei geral
para o licenciamento ambiental, que hoje chega a demorar seis anos.
A grande lacuna continua sendo a redução da burocracia.
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