25/04/2017 - PARTICIPAÇÃO DA SAFRA DE GRÃOS NA MUNDIAL
A produção mundial de grãos, na safra 2016/2017, conforme o Conselho
Internacional de Grãos será de 2,1 bilhões de toneladas. A safra prevista do
Brasil é maior do que 220 milhões de toneladas. Ou seja, 10,5% é a participação
brasileira na mundial. Vinte anos atrás, a safra 1996/1997 era de 80 milhões de
toneladas, isto era 36% da safra atual. Entretanto, a grande evolução se deu
com principalmente dois produtos, soja, 110 milhões de toneladas (50% do total);
milho, mais de 90 milhões de toneladas (mais de 41%). Assim, os dois
correspondem hoje a mais de 91% do total de grãos nacional. Os preços mundiais da
soja melhoraram. De US$360.00 a tonelada, em 2014, para US$367.00, em 2016. Os
preços do milho caíram um pouco, de US$149.00 a tonelada, em 2014, para
US$146.00, em 2016.
Este País tem sérios problemas logísticos, a começar por
somente uma saída marítima, pelo Atlântico. A do Pacífico continua como ideal.
Depois, safra conduzida basicamente por caminhões, que além de perder carga em
milhares de quilômetros, enfrentam más estradas e chuvas. Portos caóticos.
Dentre outros sérios problemas de burocracia.
Na comparação com a produção dos Estados Unidos de soja, a
lavoura brasileira rende muito menos do que a americana. Os custos brasileiros
são mais altos; em dólares, por tonelada, lá 660; aqui, 738. A produtividade do
fazendeiro americano é de 67,7 quilos, em sacas de 60 quilos por hectare; a do
brasileiro é de 56 quilos. O americano recebe US$364.00 por tonelada de soja; o
brasileiro, US$314.00. Lá, como aqui está havendo recorde de colheita. Nos Estados
Unidos a previsão é de 117 milhões de toneladas de soja. Aqui de 110 milhões. Como
o consumo deles é bem maior, o Brasil é o segundo maior produtor e o primeiro
maior exportador de soja mundial.
Que contraste! Dentro das mesmas fronteiras têm-se praticamente
três anos de recessão; 13,5 milhões de desempregados com carteira profissional;
mais de 10 milhões de subempregados; PIB recuando no citado período cerca de
10%; indústria em desmanche; propriedades à venda; deficiências mis de
tecnologia; fraca participação e competição na economia internacional.
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