21/04/2017 - CORRUPÇÃO SISTÊMICA LEVA À INEFICIÊNCIA
Sem dúvida, está comprovado nestes três anos, que a corrupção
sistêmica trouxe a economia nacional para a maior ineficiência da sua história.
Para romper com isso, é fundamental que acabe este maldito sistema. Antes,
havia corrupção em pontos esparsos da economia; havia até cartéis, que é a
lição do capital monopolista; mas não corrupção de forma sistêmica. O
Judiciário irá punir aqueles que a introduziram. Só assim poderão ser criadas
salvaguardas, tal como é a cláusula contratual de compliance. Nunca se viu
delações como a da Odebrecht. Um tiroteio no sistema.
A corrupção sistêmica começou com o governo de coalizão do
PT, que cooptou, de início, o PMDB e arrastou mais 20 partidos. Fez maioria no
Congresso. Lula (2003-2010) delegou a José Dirceu, Ministro da Casa Civil, além
de Antônio Palocci, Ministro da Fazenda, a articulação do chamado “mensalão”,
esquema de compra de políticos do primeiro mandato de Lula, cuja ação penal dos
mensaleiros ocorreu em 2012, mediante condenação de 25 dos 40 réus arrolados.
Dirceu foi pego desde aí. Em 2014, começou a operação Lava jato, que tem
deixado também Palocci atrás das grades. Nos oito anos, a corrupção estava na
formação de capitalistas “campeões nacionais”. Lula transmitia confiança dos consumidores,
a quem continuou transmitindo crédito farto e elevação real dos salários. Lula
transmitia confiança aos investidores, através de estimular o uso da capacidade
ociosa, de crédito subsidiado pelo BNDES, para a indústria; para a
agropecuária, o subsídio vinha do Banco do Brasil nos Planos Safra. Terminou
Lula seu governo com 83% de popularidade, em 2010. Porém, seu modelo econômico,
baseado principalmente no consumo e no crédito, tinha se esgotado.
Dilma Rousseff continuou a política econômica de Lula,
através da “nova matriz econômica”. Na verdade, Dilma intensificou o uso do
modelo esgotado e elevou a participação do Estado na ordem econômica. Ao
privilegiar certos grupos, criou “ciúmes” e os grandes capitalistas recuaram em
investimentos. Ao aumentar os gastos públicos chegou a déficit primário em
2014, depois de 18 anos de superávit. Mentiu ou fez estelionato eleitoral na
campanha eleitoral de 2014. Perdeu a maioria no Congresso. Incompatibilizou-se
com políticos e empresários. Não tinha o jogo de cintura de Lula. Sem contar
com boa maré internacional, já que os preços das commodities caíram, chegou a
culpá-la, sem obter credibilidade.
Michel Temer assumiu sem legitimidade, 10% de popularidade
hoje e somente tem base no Congresso. Devagarzinho está conseguido parar a
recessão. No entanto, não tem forças para retornar o País no grande crescimento
da década passada. Portanto, corrupção sistêmica levou à ineficiência e, por
isso, tem de ser desarticulada.
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