26/04/2017 - INFLAÇÃO E SUAS FACES




A inflação é aumento geral e persistente no nível geral de preços, segundo os livros de Mário Henrique Simonsen, corroborando os economistas, de uma maneira em geral. Porém, a inflação tem tido várias faces durante os ciclos econômicos. Geralmente, a teoria mostra que quanto maior é o a inflação, menor o crescimento e vice versa. Existem muitas variáveis importantes, tal como é a taxa de juros. Ma, esta última domina o enfoque ortodoxo, que acredita que a taxa básica de juros é endógena. Ou seja, é a variável mais importante da política monetária, objeto de reuniões do Banco Central (BC) pelo mundo e que apontam na direção de corrigir a inflação. Erros e acertos acontecem. Quando erra e erra feio, por persistir no erro traz recessão de proporções incontroláveis. Isto aconteceu na gestão da ex-presidente Dilma, quando ela, de meados de 2011 a novembro de 2012, levou o BC a reduzir em cerca de um ano a taxa de juros em 5%, levando-a a menor taxa da história, 7,25% anuais, quando a inflação estava em escala ascendente. O correto era mantê-la ou subi-la, para controlar a inflação. Infelizmente, isto contribuiu para a atual década ser considerada “perdida”, em termos de crescimento econômico. O contrário fez o ex-presidente Lula, na década anterior, acertando com crescimento médio anual de 4%. O presidente do BC, da época, era o atual Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Foram bons resultados dos dois primeiros governos do PT (2003-2010), depois da estabilidade iniciada em 1994, pelo Plano Real. A ex-presidente Dilma pôs o País na pior recessão da história. O atual presidente Michel Temer tenta voltar a crescer, mas não tem tido ainda sucesso. Tem pouco tempo à frente. O cenário do futuro próximo ainda é muito ruim. O BC consulta mais de cem instituições financeiras, semanalmente, que acreditam que a inflação deste ano será por volta de 4%. A FGV consulta consumidores e estes acreditam que a inflação do exercício será de 7,5%. Todos veem cenário de baixo crescimento. Não há alívio de curto e médio prazo.

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