30/11/2015 - MAIOR PROBLEMA DO PAÍS



Secularmente, no País, fala-se que o maior problema é a educação. Mas, é mesmo. Só que estrutural. Sempre existiu e existe. O problema é social. No entanto, o maior problema da economia brasileira é a dívida pública, que também é estrutural. Conjunturalmente, quanto mais afligem aos cidadãos, saúde, segurança, educação, desemprego, saneamento, não necessariamente nesta ordem, ocuparam o primeiro lugar. Mas, com certeza, a saúde sempre esteve em primeiro nas pesquisas. Enquete da FSP, entrevistando 3.541 pessoas, nos dias 25 e 26 deste mês, pela primeira vez, elencou o maior problema do País como a corrupção, para 34% dos consultados. Em segundo lugar, a saúde, com 16%. Em terceiro, o desemprego, com 12%. Em quarto, a educação e a violência, com 8% cada uma. Tratando-se de amostra expressiva de brasileiros, vê-se que a população vem sendo bombardeada todos os dias, desde março de 2014, através dos meios de comunicação, acerca dos desvios de conduta investigados pela operação Lava-Jato da Petrobras, desvendando a atuação do maior cartel no Brasil, atuando em obras públicas e em estatais, corrompendo e sendo corrompidos por políticos, lobistas, doleiros e servidores públicos. A situação da corrupção é tão revoltante que, perante o cinismo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se apressou a ir a uma CPI da Petrobras, afirmando que não tinha contas na Suíça, para depois ver-se bancos suíços mostraram contas financeiras ao Ministério Público, dizendo ele que não dele, mas do “trust” (usofruto), mesmo ele sendo beneficiário e utilizador, que 81% dos pesquisados desejam que ele seja cassado e processado. Além das contas citadas, na delação premiada de Fernando Baiano, na citada operação Lava-Jato, ele revelou que dividiu US$2 milhões, oriundos da Petrobras, com Cunha. Ademais, segundo a Datafolha, 47% dos pesquisados afirmaram que não votariam em Lula, em 2018. Na mesma enquete da FSP, a reprovação do governo Dilma caiu de 71% para 67%, de ruim a péssimo, mas regular se elevou de 20% para 22%, crescendo de 8% para 10% de ótimo ou bom. Por seu turno, o governo Lula, que já obteve 71% de aprovação, em dezembro de 2010, caiu nesta pesquisa para 39%. Porém, continua como recente melhor governo da história, seguido de 16% de FHC. Claro, as gerações mais ouvidas pela citada pesquisa, não conheceram Juscelino, nem Getúlio. Porém, o que espanta, em resposta a UMA PERGUNTA DIRETA, a presidente Dilma tem só 1% de aprovação.

Enquanto isto, a recessão brasileira faz 18 meses e o Brasil não vê o fundo do poço. Será que se terá mais 18 meses para alcança-lo e de lá sair?

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