15/11/2015 - PERSONALIDADE TITUBEANTE NA ECONOMIA
Por que a presidente Dilma está
obtendo resultados tão ruins na economia? Provavelmente, ficará na história
como, se não a pior, visto que existiu o tristíssimo governo de Fernando Collor,
a segunda colocada. A esperança é de que o seu governo não supere o dele, que,
aliás, eivado de corrupção, acabou 18 meses antes, por, primeiro, renúncia
dele, perante processo de impeachment, também aprovado no Congresso. O
espantoso é que o STF o absolveu por “falta de provas”. Se houvesse hoje a
aceitação da teoria do domínio do fato, introduzido por Joaquim Barbosa no STF,
quando presidente, copiando (aperfeiçoando) dispositivo da Constituição alemã, para
condenar os malfeitores do “mensalão”, muito provavelmente Collor seria
condenado e não voltaria como senador, hoje, reincidente, envolvido no
escândalo da operação Lava-Jato, de ter recebido propina do esquema Petrobras.
A propósito, o experiente professor de Administração da Universidade Federal da
Bahia, Benedito Brito, em uma das suas aulas perguntava qual a diferença entre
personalidade e caráter? Em sua explicação, caráter somente se tem um, como
código pessoal, mas personalidade pode ter vários códigos de vida. Com respeito
à presidente Dilma, parece que ela tem seu caráter definido. Mas, sua
personalidade é múltipla, confusa, titubeante.
Voltando à personalidade
titubeante de Dilma, considerando que o PIB começou a ser medido em 1947, o seu
desempenho se aproxima ao de Fernando Collor. Segundo o Banco Itaú, a sua expectativa
é de que o PIB de 2015 recue – 3,2% e o de 2016 – 2,5%. Vendo o triênio
2014-2016, a projeção do Itaú é de recuo da economia de – 7,8%. No triênio de
Collor, de 1990-1992, o resultado foi de – 8,4%. Logo, não é difícil admitir que
se demore cerca de dez anos para se recuperar a renda per capita de 2013.
Portanto, citada personalidade em ação está colocando a maior parte da
população mais pobre. Essa personalidade está desconstruindo o avanço da era
Lula. Não sem outro motivo, ele passou a semana em Brasília, falando que era
preciso mudar o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Henrique Meirelles,
dizendo que chegou a hora de “adotar medidas mais ousadas”, mediante abertura
de linhas de crédito para estimular o consumo. Dilma viajou para a reunião do
G-20, na Turquia, mas afirmou que Levy “ainda tem missões a cumprir”.
Na última semana, a presidente
Dilma contrariou ela mesma de um dia para o outro, como soe acontecer. Depois
de mandar no final de agosto, conforme determina a lei, ao Congresso Nacional, projeto
de lei do orçamento de 2016, contendo déficit primário de R$30,5 bilhões, o que
gerou o rebaixamento do Brasil, pela agência de risco Standard & Poor’s,
para país especulativo, ela autorizou aos membros da sua base a incluir no
projeto em discussão na Comissão Mista do Orçamento, a registrar um superávit
de 0,7% do PIB, correspondente a R$43,8 bilhões, em 2016, sem abatimento de
valor de R$20 bilhões de obras do PAC. Este último fato, ela tinha autorizado
abater no dia anterior, 11 deste mês.
A economia brasileira se ressente
muito dos vacilos referidos e caminha para trás. A propósito, existe livro
lançado recentemente sobre as trapalhadas da presidente. Tem muita gente com
saudade de Lula. Pelo menos, na economia, ele mandou bem. É claro, ele deixou
uma herança maldita para Dilma, cujo resultado aparente, e maior, tem sido a
“destruição” da Petrobras. Independentemente, de partido político, a economia
tem que crescer e se tem de aperfeiçoar os princípios nacionais. E, isso só se
faz com reforma política, administrativa, da previdência, trabalhista, sindical
e, hoje, a principal delas, a fiscal, que é um balanço de ativos, receitas da
arrecadação e, de passivos, gastos e investimentos do governo, visando atrair
investidores para a economia recuperar-se. O que se vê com Levy é um arremedo.
Não vai para frente, assim. Tem que cortar na carne (reduzir máquina pública) e
reduzir tributos. Incentivar investimentos. Incentivar a economia.
Parece simples, mas não é.
Somente pessoas proativas na economia é que o País precisa. Aqui se registra a
situação nacional, que implica diretamente no município. É ou não é?
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