14/11/2015 - AINDA NÃO CHEGOU PONTO DE RECOBRO




O ponto de recobro é aquele em que todo o sistema vivo passa a viver com crescimento. Porém, ainda não chegou este momento no País. A indefinição dos projetos restantes, a serem votados pelo Congresso Nacional, muito provavelmente não serão votados neste ano. Pelo princípio de anualidade, não entrarão em vigor em 2016. Logo, o ajuste fiscal ficará incompleto. O governo fraco e equipe econômica que titubeia frequentemente não geram confiança para os agentes econômicos e a recessão se aprofunda e se prolonga.

A respeitável Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto Alemão IFO, desde 1989 calcula o Índice de Clima Econômico (ICE). O ICE de setembro passou de 48 pontos em julho para 44 pontos agora, recuando 8,3%. Trata-se da divulgação do pior indicador desde janeiro de 1989. Os dados fazem parte da Sondagem da América Latina. O ambiente econômico aqui só é melhor do que o da Venezuela, que está em 20 pontos, patamar mínimo atingido até agora pela pesquisa. A FGV consultou especialistas sobre os principais fatores limitativos ao retorno ao crescimento econômico brasileiro. Em resposta obteve o resultado de que existe falta de confiança na política econômica do governo, em primeiro lugar. Em segundo, pela existência de déficit público. Em terceiro, pela preocupação com o processo inflacionário resistente à queda. Em quarto, a falta de competitividade internacional.

O estudo acima referido se reporta a um clima ruim, pior até aquele do período de Fernando Collor, quando em 1990, seu primeiro ano de governo, a economia brasileira recuou 4,3%, sendo um dos piores retrocessos da história nacional.

Outra forma de ver que ainda não se chegou ao fundo do poço é também atentar como os juros têm ficado mais caro. Dessa maneira, os juros sobem pelo 13º mês seguido. Taxas absurdamente praticadas, que chegam ao sistema financeiro oficial a ultrapassar os 400%.

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