17/11/2015 - PROPOSTAS DO PMDB
O documento divulgado na semana
passada do PMDB, intitulado “Uma ponte para o futuro”, a ser debatido hoje, em
Congresso do partido, é um conjunto de propostas, visando corrigir os grandes
desequilíbrios da gestão econômica, quais sejam a forte volta do desemprego, a
explosão dos gastos públicos, o aprofundamento do déficit da previdência e a
elevada inflação. De 2011 para 2014, a rota do crescimento se perdeu e o País
ingressou em estagnação. Em 2015, iniciou-se o ajuste fiscal, colocando o País
em forte recessão, prolongando-a até 2016, para 2017 e 2018, poder retornar-se
ao crescimento baixo. Os resultados esperados deste segundo mandato são de
crescimento zero.
As propostas do PMDB parecem ser
a de uma alternativa de assumir o governo com o vice-presidente, Michel Temer.
A primeira seria de impor um limite para o aumento dos gastos públicos. No caso
presente, supondo-se de crescimento zero ou até de sua retração. A segunda
seria de reduzir a inflação para o centro da meta de 4,5%. Aqui não disse como
faria. A terceira seria de criar idades mínimas para aposentadorias. O País é
um dos únicos que não as têm adotado. O déficit previdenciário projetado para
2016 é de R$200 bilhões. Se não for assim, continuará explosivo o déficit
primário. A quarta seria a de desobrigar a Petrobras de operar todos os poços
do pré-sal, um dos motivos, o principal foi a desenfreada corrupção, que
fragilizou a Petrobras, em lenta agonia de prejuízos, para reverter o quadro
atual. A quinta seria a de privatizar ativos do governo, tais como a
participação em estatais. A sexta seria a de promover acordos comerciais,
saindo do esquema de restrições do MERCOSUL. Abrir a economia para mais de 1%
das transações internacionais, em direção pelo menos, a 10% é um caminho que
nunca fora tentado. A sétima seria dar liberdade de negociação entre
trabalhadores e empresas. Quer dizer, a flexibilização das leis trabalhistas, a
qual o PT e o PCdoB são contrários.
Referidas propostas vem sendo
chamadas de Plano Temer. Isto é, no caso de impeachment da presidente Dilma o
vice assumiria. O problema é que o impedimento ou renúncia estão difíceis. Existe
a reabertura do processo dos gastos de campanha de 2014, que, se o governo for
condenado, saem os dois.
Comentários
Postar um comentário