21/11/2015 - SINAIS DE MELHORIA, MAS NÃO LUZ NO FIM DO TÚNEL
A ânsia é tão grande de sair-se
dessa situação vexatória, que se procura identificar sinais de melhoria na
economia. O primeiro sinal tem sido dado pelo levantamento semanal do Banco
Central, o informativo Focus, que prevê inflação menor, bem menor do que a deste
ano, que está por volta de 10%, mas de 6,5%, em 2016, que é o teto do sistema
de metas, mais 2% de viés de alta. O segundo sinal é as queda dos juros
futuros, que desde 23 de outubro se mantém, mostrando que o mercado financeiro
acredita em reversão de tendência, em longo prazo. Por exemplo, a NTN-B, negociada
no Tesouro Direto, título público que é atrelado à inflação, está oferecendo
juros abaixo de 7%, fato que não ocorreu por todos os 11 meses deste ano.
Terceiro sinal se deve a que dólar se estabilizou, em faixa inferior a R$4,00,
com tendência de queda ou de estabilidade. Quarto sinal se percebe pela manutenção
dos vetos principais da presidente Dilma, que previam gastos estratosféricos,
pelas ameaças de pautas-bomba. Quinto sinal, o Ministro da Fazenda, um
economista ortodoxo de carteirinha, já admite que, além do ajuste fiscal, o
governo precisa realizar as reformas estruturais. Sexto ocorre porque o PMDB
decidiu fazer sugestões de política econômica, as quais poderão ser adotadas
por Dilma, antes não fazia nada, só posava de apoio. Sétimo se credita ao fato
de que já passa da hora de uma nova política industrial em gestação. Oitavo
mostra uma balança comercial positiva durante o exercício atual, cujo saldo
comercial ajudará muito na cobertura do déficit externo. Nono se verifica pela
permanência de capitais externos aqui, visto que as taxas de juros estão bastante
elevadas. Décimo já se verifica pela vontade governamental em reverter seu
projeto de orçamento de 2016, de déficit para superávit primário. Décimo
primeiro se vê na presidente sancionando a Lei de Proteção do Emprego. Décimo
segundo se observa na possibilidade da aprovação ainda neste exercício da Lei
de Repatriação de Dinheiro, o que geraria tributos para o caixa governamental.
Décimo terceiro se observa pelas declarações do Ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, de que os “números ruins são momentâneos”, quem saber ele toma medidas
proativas, reconhecendo que o Brasil tem de retornar logo ao crescimento.
Os sinais acima e muitos outros
não dão para compor uma matriz econômica de recuperação da economia, visto que
se fazem necessárias as reformas estruturais, que o governo resiste em fazer,
dado que acredita que dirigir a economia é adotar mão de ferro ou cabeça dura.
Portanto, se não fizer as ditas reformas não se chegará ao fim do túnel.
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