25/11/2015 - DESEMPREGO CONFORME CAGED E PNAD
Dois indicadores de desemprego
são publicados no Brasil. O do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), através do Ministério do Trabalho,
desde 1992, informações reunidas de todas as firmas brasileiras, todo o mês,
com funcionários de carteira assinada, nas seis principais regiões
metropolitanas. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e
Recife. O outro é da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD
Contínua), que passou a publicar desde 2012 a questão do desemprego em pesquisa
contínua em 3.500 municípios. Os resultados do PNAD sempre foram de uma taxa de
desemprego maior, visto que nas cidades do interior do País, o número daqueles
que procuram emprego é maior do que nas seis maiores capitais. Os resultados
PNAD são mais realistas porque o IBGE faz estimativas para os 5.565 municípios
brasileiros.
De acordo com o CAGED, divulgado
no dia 20, passado, outubro registrou o pior resultado desde 1992, mês em que
deveria haver aquecimento de vendas e maior emprego do que desemprego, tendo
havido o contrário, sendo aquele mês no qual o ritmo de fechamento é o maior da
série histórica. De janeiro para outubro o País perdeu 819 mil vagas nas maiores
regiões metropolitanas. Só em outubro foram eliminadas 169.131 empregos com
carteira assinada. Uma alta de 458,5%, perante o mesmo resultado do ano
passado. A taxa de desemprego registrada foi de 7,9% nas seis principais capitais,
maior nível para outubro desde os 8,7% de 2007. Já a renda média caiu 7%, em
relação a outubro de 2014.
O IBGE divulgou ontem que a taxa
nacional de desemprego até setembro subiu de 6,8%, de 2014, para 8,9%, neste
ano. As projeções são de que a referida taxa média brasileira poderá
ultrapassar 10% em 2016. Calcula o IBGE que há hoje 9 milhões de desempregados.
Entre os jovens e adultos (18 a 24 anos), a taxa média de desemprego passou de
14%, em 2014, para 20% neste ano. Os Estados com maiores taxas médias de
desempregados são: Bahia, 12,8%; Rio Grande do Norte, 12,6%; Amapá, 11,7%;
Pernambuco, 11,2%; Alagoas, 10,7%. Em Salvador, Bahia, onde o desemprego tem
sido mais alto, a taxa média de desempregados alcançou 16%. Referida taxa
avançou em 25 capitais, em 11 delas já superou os 10%. O número de pessoas que
procuravam emprego, segundo o IBGE, cresceu 33% em média nacional. Esse número
expressivo de demandantes está levando a rebaixar salários. Conforme o DIEESE,
quem ingressou para trabalhar em outubro, com carteira assinada, recebeu em
média 87,7% de um salário de um demitido no mesmo mês.
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