08/11/2015 - O DINHEIRO ESTÁ MUITO ESCASSO
A taxa de inadimplência das
grandes empresas junto aos bancos privados quase dobrou desde o fim de 2014.
Era de 0,8%, em dezembro do ano passado a inadimplência sobre a carteira total
do crédito, passando para 1,6%, em junho deste ano. A inadimplência geral em setembro era de 3,1%. O número de pedidos
de recuperação judicial é recorde. Assim, em 2008 era de 312; em 2010, 475; em
2013, 874; em setembro de 2015, 913; sendo 170 grandes empresas. Nos últimos 12
meses houve o fechamento de 1,2 milhão de empregos. Segundo a PNAD Contínua o
desemprego era de 6,8% em 2014; em setembro atingiu 8,5%. A projeção é de que
atinja 11,5% em 2016 e 13% em 2017. O valor de mercado das empresas na BOVESPA
caiu quase 40%, em termos reais, desde 2010. Naquele ano era de R$3,1 trilhões;
em setembro de 2015 chegou a R$1,9 trilhão. A rentabilidade das companhias
abertas diminuiu de 14,3% em 2010, para 6,2% em setembro de 2015. O número de
lojas no País é menor, paras o mês de agosto, de 571.609, quando já foi o
máximo de 710.949 lojas, conforme a Confederação Nacional do Comércio. Por
exemplo, a Via Varejo, controladora das Casas Bahia, fechou 31 lojas e cortou
11.000 funcionários. O ritmo da expansão de crédito que foi de 30% em 2008, já
está abaixo da inflação de 10% esperada para este exercício.
Más consequências de um País mais
pobre. A crise atingiu uma nova fase, a de escassez de dinheiro. Não obstante a
presidente Dilma venha repetindo de que o Programa Bolsa Família está a salvo
de cortes, os repasses mensais para Estados e Municípios estão atrasados desde
julho. Os entes referidos estão em sérias dificuldades para atender 14 milhões
de famílias. O crédito está mais caro. A renda per capita está em declínio.
Descortina-se que as dificuldades demorarão
mais dois anos e as projeções dos analistas econômicos é de que a recuperação
poderá levar uma década.
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