11/11/2015 - ECONOMIA COMPORTAMENTAL




Adam Smith, considerado o pai da ciência econômica, era um liberal do século XVIII. Karl Marx, considerado o pai do comunismo, defendia a ditadura do proletariado, no século XIX. John Maynard Keynes, considerado o mais famoso neoclássico do século XX, defendeu que as decisões humanas são baseadas no modelo das expectativas racionais. Joseph Aloe Schumpeter, considerado o criador da teoria da “destruição criativa”, criou o modelo de que a economia capitalista sobrevive via pesquisa e inovação, também no século XX. Estes seriam os principais clássicos da teoria econômica. A partir de 1969, quando foi criado o Prêmio Nobel de Economia, mais de 50 célebres economistas receberam citado prêmio. Todos os que receberam o referido prêmio não são marxistas. Em ordem de número de premiados são norte-americanos, europeus e judeus. Sintetizando: a maior simpatia é pelo princípio de que o homem toma suas decisões econômicas de forma racional. Porém, isto em teoria, visto que há também aqueles estudiosos da economia informal, da economia ilegal e da economia marginal que não vêm racionalidade econômica da contravenção e do crime.

A maioria dos economistas premiados tem forte formação matemática. Há até aqueles que foram somente doutor em matemática, como é o caso de John Nash, biografado pelo filme “Uma Mente Brilhante”, morto recentemente com a esposa, em absurdo acidente de automóvel. Há psicólogos, sendo o primeiro deles a receber o prêmio, Daniel Kahneman, israelense de origem, mas radicado nos Estados Unidos, simplificando que o ser humano tem dois tipos de pensamento: um rápido e intuitivo e outro lento e lógico. Usando os dois. Vivo, ele é o mais conhecido pensador da economia comportamental.

Em contraposição a Kahneman, Dan Ariely, israelense, psicólogo, professor de negócios da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, ao afirmar que a visão dele é limitada, tornou-se também um dos principais expoentes da corrente da economia comportamental, defendendo que “nossas decisões são irracionais”. Afirma ele que o ser humano procura desculpas que parecem racionais para escolhas intuitivas. Exemplifica com o cartão de crédito brasileiro que, além de juros estratosféricos, tem encargos de inadimplência ainda maiores, sendo irracional seu uso, mas tendo muito milhões neles pendurados. Enfim, procura explicar que a maioria das decisões é por impulso e que não são sempre fáceis de serem decididas.

Olhando para o Ministro da Economia, Joaquim Levy, doutor em economia pela Universidade de Chicago, de forte formação matemática, o seu raciocínio é do segundo tipo, apontado por Kahneman, lento e lógico. Por isso mesmo, Levy coloca em primeiro plano o ajuste fiscal e, em segundo plano, fazer as reformas estruturais, para o País voltar a crescer. Enquanto isto é alto o custo social a pagar. Não sem motivo, o ex-presidente Lula, e hostes dentro do PT, estão querendo substituí-lo por Henrique Meirelles, que foi ministro por oito anos de Lula, esboçando os dois tipos de raciocínio expostos por Kahneman.

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