10/11/2015 - CICLO DE BAIXA ATIVIDADE NÃO CHEGOU AO FIM




Os ciclos econômicos são representações das atividades econômicas durante os períodos de tempo. Geralmente são longos, visto que, em ascensão, a gestão econômica procura acelerar o crescimento; em recessão, procuram evitar as aceleradas nas decaídas. Portanto, a boa gestão econômica é prover o crescimento sustentável e evitar a recessão. O Brasil está em um ciclo de baixa, ao que tudo parece estar indicando, de forma prolongada e profunda, características da má gestão econômica. Assim, o Banco Central realiza a pesquisa Focus, semanalmente, auscultando 100 respeitadas instituições de projeções econômicas. Pela décima sétima semana consecutiva os números têm vindo à descendente contínua. O PIB destes 2015 está estimado pelos analistas de mercado em – 3,1%; o de 2016, em surpreendente - 1,9%, estimada para mais de um ano à frente. A inflação de 2015 projetada em 9,99%; a de 2016, 6,47%. O dólar poderá fechar este ano em R$4,00; em 2016, entre R$4,00 a R$5,00.

O preocupante no mergulho recessivo atual é que os mais pobres estão perdendo o que ganharam, não somente pela inflação de 10% anuais, mas, não obstante a presidente Dilma diga que não vai diminuir o número de famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família, de 14 milhões, o relator do orçamento de 2016, Ricardo Barros (PP-PR, da base aliada) é defensor de um corte de R$10 bilhões, da verba de R$28,8 bilhões do projeto governamental, representando 35%. A propósito, as verbas para a educação e para a saúde foram cortadas também por volta de 30%, no início do ano. Ademais, foram reduzidos direitos trabalhistas como o abono salarial e o seguro desemprego. O funcionalismo público terá reajuste em agosto de 2016 e não em janeiro como há muitos anos vem obtendo.

Na semana passada esteve no Brasil Nouriel Roubbinni, consultor internacional, famoso por prever, de Nova York, o longo ciclo de baixa da economia mundial, no final de 2008, a maior onda desde a Grande Depressão de 1929. Referido professor estima a inflação brasileira, fechando 2015 em 4%. Outrossim, acredita que, se o Brasil realizar o ajuste fiscal neste biênio, poderá voltar a crescer em 2017. Mas, reporta-se ao fato de que a situação atual é grave.

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