19/08/2015 - INSISTE NO QUE NÃO DÁ CERTO
O governo federal anunciou linhas
de empréstimos subsidiadas para segmentos industriais, cujas empresas que não
demitirem, poderão ter crédito, através da Caixa Econômica Federal e do Banco
do Brasil. Este tipo de política de discriminar dentro do seio empresarial se
revelou eficaz, no limite de sair da utilização da capacidade instalada mínima
de privilegiados, enquanto outros capitalistas não receberam os benefícios.
Funcionou entre 2008 a 2010, mas sua insistência se revelou débil, na medida em
que a economia já tornou bastante ineficiente em mais de quatro anos e meio.
Voltar a conferir crédito subsidiado a fortes segmentos empresariais, tal como
é o contemplando lobby da indústria automobilística, tornando-se deficiente
justamente porque privilegia os fortes capitalistas e não atende aos menos capitalizados.
Assim, no global cai o investimento e o crescimento da economia, conforme
acontece na gestão atual. Inclusive, a atual equipe econômica é contra essa política
de subsídio, tendo neste ano retirado o aporte de recursos para o BNDES
financiar grandes capitalistas, bem como a energia elétrica subsidiada. Mas, a
presidente da República continua insistindo em atender esse grupo de lobistas de
subsídios governamentais. Portanto, dentro do próprio governo estão posições
antagônicas, o que continua tirando a credibilidade dos investidores e
consumidores.
Dessa forma, a Caixa Econômica
Federal irá liberar R$5 bilhões somente para o segmento automotivo, relativos a
recursos próprios e recursos dos fundos dos trabalhadores (FAT e FGTS). O Banco
do Brasil também vai anunciar recursos para este segmento tão capitalizado.
Mas, que ameaça demissões, conseguindo com o seu lobismo que o governo sempre
lhe faça concessões. Encontra-se em negociação com os referidos bancos os
segmentos de petróleo, gás, alimentos, energia elétrica, eletroeletrônicos,
telecomunicações, fármacos, químico, papel e celulose, máquinas, equipamentos e
construção civil.
A Caixa anunciou que a primeira
linha de crédito é a antecipação de recursos para fornecedores de montadoras,
com juros a partir de 1,41% ao mês (acima da taxa básica de juros, a SELIC). As
mesmas empresas dispõem de outra linha para capital der giro a 0,83% ao mês
mais TR (abaixo da SELIC, portanto, subsidiada). Uma terceira linha da Caixa financiará
a compra de máquinas novas e usadas a 1,5% ao mês (juros de mercado, mas
beneficiados, ou seja, mais baixos). A quarta linha da Caixa é para renovação
da frota de transportes coletivos, máquinas agrícolas e caminhões, mediante uso
de recursos do FGTS, na linha Pró-Transporte a 9% mais TR anuais (portanto com
subsídio, já que abaixo da SELIC).
A matriz econômica, que há seis
anos está em vigor no País, não se mostrou eficiente e mesmo assim a gestão
atual insiste em mantê-la, quando deveria mesmo era realizar as reformas
estruturais prometidas e não cumpridas. Aqueles países da América Latina que
realizaram as reformas estruturais, tais como o Chile, o Peru, a Colômbia, retornaram
a crescer de forma sustentável. Aqueles que não fizeram, amargam recessão com
inflação, tais como Brasil, a Venezuela e a Argentina.
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