10/08/2015 - A CONTA CHEGOU




O PT ganhou três eleições, gastando muito. Mais do que deveria. Neste segundo mandato da presidente Dilma a conta chegou. Déficit público, que não havia a 18 anos e inflação, ameaçando passar de um dígito e forte recessão. Em entrevista à revista Veja, desta semana, o economista Fábio Giambiagi, assim se expressou: “Uma conta insustentável. O Estado paga um grande número de benefícios a muita gente e por um longo tempo. A ideia é que o grosso do dinheiro dos impostos se esvai com políticos corruptos serve para fazer discurso de palanque, mas não corresponde a realidade, por mais exasperante que seja o fato de termos nos tornado o país dos escândalos. Em 2014, o governo federal pagou quase 500 bilhões de reais de benefícios previdenciários, 85 bilhões em serviços de saúde, 55 bilhões em seguro desemprego e abono salarial, 30 bilhões de bolsa família e por aí vai. Esse modelo no qual o Estado paga cada vez mais está esgotado. Um levantamento do economista Fernando Monteiro revela que, entre 2003 e 2014, o total dos indivíduos que recebem algum tipo de transferência do governo federal passou de 39 milhões para 78 milhões de pessoas. O número dobrou em pouco mais de dez anos. Não há país que aguente”.

No declarado pelo Fábio deixou de constar que há 39 ministérios executivos, máquina pesada, ineficiente e burocrática. Ademais, no Congresso Nacional cada vez mais projetos se pautam para os governos gastarem mais. É de uma irresponsabilidade política que somente se explica por, no dizer do presidente Lula, “há mais de 300 picaretas”. São 513 deputados e 81 senadores. Para o entrevistado “vivemos uma tragédia grega em câmara lenta”. O seu receituário é do País aceitar as regras do capitalismo moderno, baseado na competição, fazendo reformas para aumentar o potencial de crescimento. Acerca do potencial de crescimento este tem sido perdido pela gestão de Dilma. Lula o deixou em 4,5% e Dilma o reduziu para 1,5%. Para o senador Aécio Neves, que obteve 51 milhões de votos contra 54 milhões da presidente Dilma, “o PT atrasou o Brasil em 20 anos. O presidente do PSDB diz que o Brasil tem instituições para sair da crise política e estrutura para vencer a estagnação econômica, mas nada disso adianta com um governo sem rumo” (Páginas amarelas da Veja).

Na semana passada, este autor esteve no Mato Grosso, onde flui celeremente o agronegócio, passando por Brasília, onde a torneira de dinheiro está aberta, no colosso da cidade que possui a renda média maior do Brasil. Sem dúvida, o tamanho do Estado tem que ser reduzido, reengenharizado, para o País poder investir e não gastar tanto em custeio.

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