02/08/2015 - O PIOR JÁ PASSOU?




Em reunião com 27 governadores (todos), no final do mês passado, a presidente Dilma defendeu o seu mandato, em discurso de 32 minutos, afirmando que o País passa por um período de transição e que o pior já passou. Culpou os problemas pelos quais passa o Brasil à crise internacional, à queda nos preços das commodities e à desvalorização do real frente ao dólar, que ajudou a aumentar a inflação. Ora, vê a origem dos problemas no setor externo, quando eles estão na área doméstica, em decorrência dos seus desacertos do primeiro mandato, que levaram o País à recessão. Então, no seu segundo mandato anunciou a correção dos seus erros do primeiro, mediante forte ajuste fiscal. No seu primeiro semestre, o governo federal acumulou um déficit primário de R$1,6 bilhão, sendo o primeiro em dezenove anos no primeiro semestre. Somente em junho houve um rombo de R$8,2 bilhões, informou o Tesouro. O Congresso reabre seus trabalhos amanhã e certamente receberá o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), mostrando que as pedaladas fiscais ferem à lei de responsabilidade fiscal. A oposição pedirá o impeachment da presidente Dilma. O pior já passou? Não. O pior ficará até resolver a questão política.

Na semana passada, a reunião da presidente da República com os governadores levou a que ela logo liberasse R$717,4 milhões de emendas parlamentares. Ademais, prometeu ainda liberar R$4,9 bilhões em emendas  de 2014 e anos anteriores. Pretende nesta semana fazer reuniões com parlamentares da base aliada. É o desespero que lhe toma conta. Enquanto isto o País vai ficando cada vez mais ingovernável.

Vai ficar para a história a incapacidade da presidente Dilma também por frases sem nexo, tal como a que disse na semana passada que não tinha meta de governo, mas se alcançasse a meta proporia o dobro. Quer dizer, se não tem meta é zero. O seu dobro é também zero.

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