15/08/2015 - FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS EM FORTE QUEDA
O Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), previsto constitucionalmente, distribui recursos da
arrecadação de tributos federais, para as cidades, de acordo com a sua área
geográfica e tamanho da população, independente da sua capacidade contributiva.
No primeiro semestre de 2015, o FPM recuou - 2,72%, em relação ao primeiro
semestre de 2014. É óbvio que a explicação de tão grande recuo se deveu ao
processo recessivo, iniciado em janeiro de 2015. É claro também que, se a
expectativa do segundo semestre é de um aprofundamento da recessão, com melhora
somente em 2016. Neste sentido, a declaração de ontem, do presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, de que a inflação atingirá seu pico neste trimestre
(julho, agosto, setembro) e depois recuará, encaixa-se, visto que a teoria
econômica comprova que, quanto maior a inflação, menor o desempenho da economia
e vice-versa. Portanto, o FPM poderá recuar ainda mais. Para a Associação
Brasileira de Municípios, sete em cada dez cidades estão em sérias
dificuldades.
O processo recessivo se deve ao
fato de que as empresas estão faturando menos e pagando menos os impostos. Os
indivíduos também, visto que aumentou a taxa de desemprego. Os governos municipais
e estaduais também procuram pagar menos suas dívidas com a União, pleiteando
refinanciamento de dívidas. Agora mesmo, por estes dias, o governo do Rio
Grande do Sul parcelou salários e deixou de pagar ao Tesouro Federal, fato que fez com que a União cortasse
as verbas as ele destinadas.
Ontem, alegando rebaixamento da
nota do País e cenário ruim na economia, o Tesouro vetou novos empréstimos para
estados e municípios, reivindicações deles, constantes das pautas de análises
de financiamentos externos do Banco Mundial e do Banco Interamericano de
Desenvolvimento, para a infraestrutura. Cabe ao Tesouro dar o aval dos
empréstimos.
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