07/08/2015 - DRÁSTICA RETRAÇÃO NOS TRANSPORTES
O cenário econômico dos próximos
seis meses, na visão dos consumidores, elaborado pelo Serviço de Proteção ao
Credito (SPC-BRASIL) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNLD),
mediante pesquisa nacional, revela que 56,% acreditam na piora das condições
vindouras. Os dados são mais pessimistas do que os da pesquisa anterior, cujo
resultado era de que 47% esperavam um cenário pior em 2015. Para tal
expectativa, os pesquisados revelam que contribuíram as reduções no seu poder
de compra, desde o início do ano.
O cenário econômico dos próximos
seis meses, na visão dos transportadores de carga do Brasil, conforme pesquisa
da associação de companhias de fretes de todo o País, divulgada ontem pela NTC&Logística,
apresenta um quadro de 13,5% dos caminhões parados, em média. A frota calculada
dos associados pelo segmento é de 800 mil caminhões, o que evidencia mais de
100 mil caminhões nas garagens. A associação ainda acredita que existem cerca
de 800 mil autônomos, havendo ainda outra frota de embarcadores, que equivale à
soma das transportadoras e dos autônomos. Assim, grosso modo se teria 3.200 mil
caminhões, havendo cerca de 400 mil parados.
Para o diretor técnico da
empresa, Lauro Valdívia: “Caminhão parado é prejuízo. O normal é que 5% da
frota, no máximo, fiquem parados para manutenção ou reserva”. O cenário assusta
aos motoristas porque já se tem quase o triplo do que geralmente é reservado. Para
um País cuja malha rodoviária representa mais de 60% das vias de transportes, a
drástica redução no volume de fretes nos últimos meses demonstra um cenário que
ajuda ainda mais a assustar os brasileiros. Referido diretor corrobora o fato
de que o desemprego tem sido crescente, visto que, para cada caminhão, em média,
há mais de um motorista, sem contar com auxiliares e carregadores.
Consoante a Associação Brasileira
de Concessionárias de Rodovias (ABCR), durante o primeiro semestre deste ano,
houve um volume de tráfego de veículos pesados 4,5% inferior ao do mesmo
período de 2014, que já foi menor do que o do similar de 2013.
Face ao exposto e na medida em
que as expectativas semanais do boletim Focus, do Banco Central, que ausculta
100 instituições financeiras, revelam que o PIB não para de contrair-se, agora
em – 1,8%, a recessão cada vez se insinua mais forte, abaixo de 2% anuais.
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