05/08/2015 - ESTADO DE EMERGÊNCIA DOS MUNICÍPIOS
O estado de emergência é pedido
pelo município em caso de seca, excesso de chuvas ou calamidades, examinado
pelo governo federal, que, quando reconhecido, a União irá a socorro. O País
tem 5.565 municípios. Atualmente, nestes sete meses, existem 1.206 cidades do
País em situação de emergência ou de calamidade pública. Quase 22% deles. A
condição de reconhecimento do problema é do Ministério da Integração Regional. Aliás,
existe um Ministério das Cidades. Dois ministérios fazendo praticamente as
mesmas coisas. Não são os únicos. Parece que o primeiro cuida de emergências,
na sua maioria de ações. Mas, vem cuidando também, por exemplo, da transposição
das águas do Rio São Francisco, iniciada em 2007, que não termina nunca, a
dilatação de prazo agora vai para 2017. No momento, referido rio se encontra
com baixo volume de águas, trazendo sérias dificuldades para os projetos
instalados próximos de suas margens. Imaginem-se quando os canais levarem águas
para lugares tão longínquos de como ficará a situação? Teste ainda a ser feito
e escassez que terá que ser bem administrada. Já o segundo vem cuidando basicamente
da mobilidade urbana.
No Nordeste está a maioria dos
municípios afetados, sendo 949 deles. Ou seja, aproximadamente 79% dos 1.206
considerados em emergência. A maioria dos decretos governamentais ocorreu por
conta da estiagem, que é um período intermediário sem chuvas, ou da seca, que é
período prolongado sem chuvas, afetando 707 cidades, sendo 75% delas. Destas,
358 cidades estão em estado de seca, 51% das urbes nordestinas.
Os desastres causados por excesso
de chuvas, ventos fortes e até granizo atingiram outros 141 municípios
brasileiros, aproximadamente 12%, basicamente na região Sul. Somente nos sete
primeiros meses deste ano, já é quase igual ao da média histórica.
Na série iniciada em 2003, em
média 1.416 cidades viveram em situação de emergência ou de calamidade pública,
reconhecidas pelo governo central. No entanto, de 2010 para 2015, apenas em
2011 o número de municípios classificados nessas condições foi menor do que a
média acima revelada. Evidencia-se, assim, que a principal causa dos problemas
decorre da elevação da temperatura do globo terrestre, que está colocando maior
número de cidades em situação de emergência.
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