11/08/2015 - COMMODITIES EM BAIXA




O ex-presidente Lula surfou na onda de preços altos das commodities. Em seu período de governo a balança comercial foi positiva, apresentando fartos saldos comerciais. O agronegócio decolou na primeira década deste século e continua crescendo, embora menos, na década atual. O PIB da agricultura ultrapassou o PIB industrial. Hoje, somente o agronegócio contribui com 23%, a produção familiar com 10%, enquanto a indústria com 12% do PIB. O setor industrial já foi 25% do PIB em 1985. O esforço do século passado, para tornar o Brasil um país industrial de grande porte, reverteu-se com o agronegócio. Contudo, os preços das commodities despencaram no governo da presidente Dilma. A queda do preço das principais mercadorias, em relação ao pico recente de alta, passou para: (1) minério de ferro, entre fevereiro de 2011 a agosto de 2015, variou – 71%; (2) açúcar, entre julho de 2011 a agosto de 2015, variou – 61%; (3) petróleo (Brent), entre abril de 2011 a agosto de 2015, variou – 61%; (4) café, entre março de 2011 a agosto de 2015, variou – 58%; (5) soja, entre setembro de 2012 a agosto de 2015, variou em menos 46%. Assim, na década passada, o Brasil se aproveitou da elevação das commodities, em razão do grande crescimento da China, demandando minérios e bens agrícolas, o que valorizou bastante a moeda real, passando a China a ser o maior parceiro comercial brasileiro. A movimentação da segunda década deste século está sendo oposta, faltando dólares, que no período de cerca de um ano, de setembro a 6 de agosto, a valorização dele foi de 54%. Os investidores retiram também dinheiro do País, a cotação do dólar caminha para ficar entre R$3,40 a R$4,00. A moeda brasileira não valia tão pouco em relação ao dólar havia doze anos. Referida valorização produz efeitos nas relações comerciais, tornando os produtos brasileiros mais competitivos. A balança comercial neste ano está positiva. Mas, a apreciação da moeda estrangeira implica em mais inflação.

Ontem, o dólar recuou para R$3,44, quase 2%, para a faixa que lhe é presumível. Mas, a pressão de alta está latente. Ontem, também, no relatório semanal Focus, do Banco Central trouxe dados piores, tendo a estimativa do PIB de 2015 recuado para  - 1,97%, assim como o PIB de 2016 não terá crescimento.

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