01/03/2015 - SUPERÁVIT PERSEGUIDO
Em janeiro, a equipe econômica, liderada por Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda, anunciou que o governo perseguirá um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 e de 2% do PIB em 2016, visando pagar parte dos juros da dívida pública, visto que está passou de 53% do PIB em 2010, para 63% do PIB em 2014. Tamanho comprometimento ameaça o grau de credibilidade internacional conquistado em 2008, o chamado “grau de investimento”, indicador de que um país tem condições de honrar, sem dificuldades, os compromissos com seu endividamento. Há até uma grande convergência, em termos microeconômicos, quando ao analisar um projeto de investimentos, o banco financiador considera até 60% da capacidade de pagamento, em geral. Acima, é perigoso emprestá-lo. O critério é primeiramente técnico. Claro, depois se torna político. O grau de investimento é observado por bancos, investidores, fundos de pensão, seguradoras, dentre outros, visto que isso lhes dão tranquilidade quanto à preservação d...