19/05/2014 - PROFESSORES FORA DE AULA
O professor brasileiro é
selecionado por concurso. Mas, é muito comum ele ser requisitado por órgão público,
gabinete de políticos, de magistrados. Em média, 20% deles estão cedidos,
conforme o Tribunal de Contas da União. Uma pesquisa realizada em 20 unidades
da federação, pela revista Isto é, desta semana, detectou que milhares de
professores também ocupam funções burocráticas na própria escola. O desfalque
maior foi encontrado em Brasília, dos 28.900 professores, 10.062 estão
licenciados da função de lecionar. Goiás possuía cedidos 26,6%. Sergipe, 24,8%.
O menor percentual se encontrou no Piauí, 15,85%. Para contratar um docente
basta o pleito chegar à secretaria da educação, sob promessa de pagamentos de
seus direitos trabalhistas. Em situações especiais, o docente poderá ate estar
cedido com ônus para as referidas secretarias. Ora, a escassez detectada pelo
Ministério da Educação (MEC) é de 32 mil professores, não obstante os 20% não
estarem realizando suas funções originais.
Em resumo, o quadro da educação
brasileira é somente prioridade no discurso, visto que o professor lecionando é
a principal garantia de qualidade. Não é a toa que as notas internacionais e as
do próprio MEC reprovam a educação brasileira em todos os seus níveis. No teste
PISA da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que
avalia jovens de 15 anos, em cerca de 40 países, em literatura, ciências e
matemática, o Brasil está em um dos últimos lugares. Por seu turno, as últimas
notas médias do IDEB, para o ensino fundamental é de 5 e para o ensino médio de
3,7. Já a nota média do ENADE é de 4,3.
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