14/05/2014 - ENVOLVIMENTO EM CONFLITOS
O Brasil participa da Organização
das Nações Unidas (ONU), entidade que congrega cerca de 200 países. Ao pleitear
um acento permanente no Conselho de Segurança da ONU, reunindo mais ênfase em
tal aspiração desde 2003, quando Lula assumiu a presidência, é mantido como
membro provisório, havendo somente uma explicação plausível, visto que o Brasil
não possui artefatos nucleares como os demais membros do citado Conselho. Ora,
porque continuar pleiteando tal vaga? O Brasil não é um país imperialista.
Mesmo assim, o País tem maioria
de integrantes das forças de paz no Haiti (América Central) e na República
Democrática do Congo (África). No Haiti, o Brasil está fortemente presente há
mais de dez anos, fazendo parte da ajuda humanitária e estabelecimento da
ordem, mesmo antes do último terremoto que ceifou milhares de vidas. No Congo,
pela primeira vez na história, a ONU abandonou a política de neutralidade e
imparcialidade, autorizando as forças comandadas pelo general brasileiro, Carlos
Alberto Santos Cruz, a caçar, prender e matar integrantes de grupos armados que
atuam naquele país, conflitos estes que já levaram a mais de seis milhões de
mortes, em 20 anos de guerra. É o maior número de mortos em ação desde o fim da
segunda guerra mundial. Santos Cruz já estava na reserva, trabalhando como
burocrata em Brasília, quando recebeu o convite das Nações Unidas para comandar
a missão africana, dirigindo mais de 22 mil soldados, conflito este que envolve
mais de 20 países vizinhos, em guerras descabidas, tendo orçamento de US$1,5
bilhão. Nessa nova ação a missão da ONU mudou de conceito de manutenção da paz
para o de imposição da paz. Referido general foi chefe militar da missão da ONU
no Haiti, em 2006, tendo ficado famoso por ação enérgica, em batalha de 40 dias
na favela de Cité Soleil, quando existiram baixas civis, duramente criticada
por organizações humanitárias. Ao final do período, a ONU pediu ao Brasil que o
mantivesse por mais um ano.
Salvo melhor juízo, por que o
Brasil tem que gastar recursos em guerras que não são suas? Os recursos gastos
não poderiam ser alocados nas áreas de seca do Nordeste ou de problemas da
Amazônia? Não basta acolher milhares de refugiados haitianos? Não somente isso,
o País perdoou dívidas de vários países africanos e mantêm sobre sigilo as
ajudas a Cuba, Venezuela, Bolívia, Paraguai e quem sabe a outros países pelo
mundo, a pretexto de que? Em uma democracia isso não seria objeto de aprovação
do Congresso Nacional?
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