04/05/2014 - POPULISMO PODE NÃO SER EFICIENTE
Ao contrário do que se imagina o
“passo populista”, aludido pelo jornal Financial Times, a respeito do discurso
do dia 1º de maio da presidente Dilma, interferência muito comum da imprensa
londrina, não é um passo para frente. É um passo para trás, haja vista que o
seu discurso acentuou traços de uma campanha política antecipada, o que é
proibido pela legislação eleitoral e mostrou que a atual mandatária está com
medo. Tanto está que ela assumiu de vez a candidatura à reeleição, mesmo sem
apoio da base aliada, fazendo promessas, autos elogios e mostrando contradições
numéricas, quando elevou em 10% o benefício do Programa Bolsa Família, enquanto
a inflação está em 6%, bem como somente corrigiu em 4,5% a tabela de desconto
na fonte do imposto de renda. O autor de artigo do jornal Financial Times,
Joe Leahy, assim se referiu: “O passo populista marca o mais agressivo
contra-ataque da presidente contra a oposição, que ainda tenta diminuir sua
forte liderança nas pesquisas”. Outro erro do citado jornal, a presidente está
perdendo em todas as pesquisas, inclusive, na de ontem, a primeira da revista
Isto é com o Instituto Sensus, que revelou, pela primeira vez, que ela não
ganharia no primeiro turno. Pesquisa esta com todos os candidatos, mediante
amostra de 2.000 entrevistados, erro de 2%, já praxe dos grandes institutos de
pesquisa. Os pesquisadores também apontaram que a presidente Dilma tem 42% de
rejeição, a maior parcela dentre os analisados.
Os componentes da base aliada de
17 partidos estão se rebelando. No dia primeiro deste mês, o presidente
licenciado da Força Sindical, também deputado federal, Paulo Pereira da Silva,
do PDT, um dos partidos aliados, culpou Dilma pela desvalorização da Petrobras,
além de acusá-la de corrupção, em governo petista. Disse mais, que ela poderia
ser presa junto aos condenados do mensalão, no presídio da Papuda, em Brasília.
Somente a má gestão da estatal a poderia colocar lá, segundo ele.
A campanha ainda fora de hora, já
está sendo tensa, principalmente por já haver campanha em vários lugares do
“volta, Lula”. A atual política econômica não reanima os empresários. Em
consequência a economia brasileira continua estagnada.
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