17/05/2014 - CONTRA-ATAQUE DE LULA




Em São Bernardo Campo – São Paulo, onde mora o ex-presidente Lula, cidade com 800 mil habitantes, participante de um congresso sobre a Imprensa, com 380 integrantes, promovido pela Associação de Diários do Interior, onde recebeu homenagem no dia 13 passado, falando 20 minutos, em que evitou qualquer improviso, ele contra-atacou a “mídia econômica do Reino Unido”, representada pelo jornal Financial Times e pela revista The Economist, os quais têm criticado a política econômica de Dilma Rousseff. “Quanto mais distante, mais erram. Não posso entender como classificam de frágil uma economia com reservas de US$338 bilhões e com pleno emprego, no momento em que o mundo destruiu, desde 2008, 62 milhões de empregos. E ficam repetindo aqui como papagaios. Gostaria que fossem estudar economia antes de repetirem previsões que não se concretizam”, disse ele. Continuando, em Brasília, no mesmo dia: “a regulamentação democrática da mídia é o desafio que se apresenta”.

A imprensa do Reino Unido tem demonstrado que a política econômica da presidente Dilma está corroendo o tripé montado desde o Plano Real. A primeira base do tripé, o programa de metas de inflação, recebe a crítica de que, com ela, esteve sempre acima do centro da meta de 4,5%, rodando o viés de cima de 2%. O próprio Banco Central, em pesquisa Focus, toda semana mostra que a inflação ultrapassou 6%, sendo a perspectiva atual de 6,3%, através de preços administrativos represados principalmente de combustíveis. A presidente da Petrobras, cujo lucro apresentado no primeiro trimestre recuou 30%, tem pressionado para reajustes de derivados do petróleo, visto que está alto o grau de endividamento, comprometidos os investimentos e reduzido o valor de mercado da estatal em mais de 50%. Analistas econômicos tem afirmado que se forem reajustados os combustíveis, a inflação irá neste exercício para a casa de 7% ou mais.  A segunda base do tripé, o superávit primário, antes de 3,5% do PIB, com Lula, tem fechado com Dilma muito menor em três anos, sendo de 1,9% do PIB, em 2013, ainda assim, através de contabilidade “criativa”, manipulações de pagamentos de dividendos antecipados das estatais, por exemplo. A terceira base do tripé, o câmbio flutuante tem sido mantido valorizado, em curva, desde 1994, o que não tem sido alvo de críticas. Assim, os resultados colhidos por Dilma tem sido de baixo desempenho econômico, elevada inflação, aumentos seguidos de déficits crescentes no balanço de transações correntes. Números que pioraram muito em relação a melhores números alcançados por Lula, que contou com boa gestão econômica e confiança dos empresários em Henrique Meirelles, no Banco Central, o que não ocorre com as desconfianças da equipe de Guido Mantega. Ademais, o número das reservas é bem superior do que o falado por Lula, hoje por volta de US$360 bilhões, bem como o Brasil não está em pleno emprego, a taxa mais significativa e abrangente do PNAD Contínua está no momento em 7,1%. Isto até queria ser abafado pelo governo, para serem divulgados resultados somente no ano que vem. No entanto, manifestações do desatino dentro do IBGE fizeram a presidente do órgão voltar atrás e continuar publicando a citada pesquisa. Por fim, quem é Lula para mandar especialistas do primeiro mundo estudar economia se ele não passou do 2º grau? Ou o disparate de Lula: “governo do PT serve de exemplo para o mundo”.

Já que a presidente Dilma está em queda nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula está sendo turbinado, para que o PT não saia do poder. Assim, o tiroteio está como acima exposto com vários viés de erros. Acerca dos protestos de rua em 12 cidades brasileiras, no dia 15 deste, Lula declarou: “A Copa tornou-se objeto de feroz luta eleitoral no Brasil”. Ora, os manifestantes repudiam os partidos políticos, não permitem que eles participem dos atos. Os protestos mesmo são contra os gastos declarados de R$8 bilhões em estádios, três dos quais ficarão muito ociosos depois da copa, Cuiabá, Brasília, Manaus, enquanto a educação no Brasil é reprovada, nacional e internacionalmente, a saúde está cada vez pior, verificando-se nos hospitais públicos o lugar comum de pessoas nos chãos por falta de camas, sendo o mínimo que se possa dizer, além de o saneamento, na parte de esgotos, serem inferiores a 50% das cidades brasileiras, transportes, energia, portos, aeroportos, estradas, dentre outros, serem caóticos no Brasil. Feroz luta será, sim, se os políticos ficarem promovendo corrupção e desdém com a população. Para tudo há reação, mesmo que elas sejam por efeito manada.

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